A avenida Higienópolis, de Londrina, que se destacou por concentrar as mansões dos 'barões do café', em tempos idos, foi mudando sua fisionomia com o passar dos anos. E a cidade foi assistindo, pacificamente, suas residências históricas sendo derrubadas para dar lugar aos edifícios comerciais e alguns poucos residenciais.
Mas uma família correu a tempo e salvou um marco dos anos dourados londrinenses: o Palacete de Celso Garcia Cid, tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural do Paraná (CEPHA), em sua reunião de junho.
O relator do processo de tombamento foi o professor Humberto Yamaki, do Departamento de Arquitetura da UEL, que junto com a professora Ana Maria Chiarotti de Almeida, do Departamento de Ciências Sociais, integram o corpo de 10 membros titulares do Conselho, nomeados pelo governador do Estado.
Yamaki é um pesquisador de temas históricos e culturais londrinenses, com vários livros publicados. "Este é o quarto tombamento de um patrimônio da cidade. Os demais foram: o Teatro Ouro Verde, a antiga sede da estação rodoviária, hoje Museu de Arte de Londrina, e a Praça Rocha Pombo. A família Garcia Cid fez a solicitação do tombamento há dois anos", afirma Humberto Yamaki.
O palacete foi inaugurado em 1947. Entre as histórias curiosas do local, está a hospedagem ao então presidente Juscelino Kubstichek , em 1960.