Marcador utilizado pelo IBGE para medir a estrutura dos domicílios no país, a presença da máquina de lavar roupas cresceu fortemente no país, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta quinta-feira (12).
O levantamento realizado em 2022 pelo órgão aponta para 68,1% dos moradores do país vivendo em moradias em que há o eletrodoméstico. Em 2010, esse indicador era de 46,9% e, no ano 2000, estava em 31,8%.
Diversos bens foram historicamente utilizados para analisar o padrão de vida da população, mas ampla presença mais frequente de aparelhos diversos nos lares, como televisores, levaram à mudança no critério, explica o analista do IBGE Bruno Perez. "Outros bens acabaram perdendo a relevância para a pesquisa", diz.
Considerando o critério atualmente aplicado, cerca de 64,5 milhões de brasileiros ainda moram em lares sem o eletrodoméstico.
A ausência de indicadores de estrutura no domicílio é proporcionalmente mais frequente entre pessoas que se declaram pretas ou pardas. Mais de 41% desses dois grupos não têm acesso a esse bem em casa. Entre brancos, essa taxa cai para 19%.
Lavadoras de roupas também são um forte marcador das desigualdades regionais. No Sul, quase 90% das casas possuem o equipamento, maior índice do país. No Norte, a taxa cai para 49%, a menor do Brasil.
Santa Catarina é o estado em que mais moradores têm o eletrodoméstico, com o indicador passando dos 94%. Na ponta oposta, o Maranhão tem somente 27% dos seus habitantes com máquina de lavar roupas na residência.
A cidade com mais de 100 mil habitantes em que quase todos os moradores possuem lavadora fica na Grande São Paulo. Em São Caetano do Sul, 97,6% dos munícipes possuem o equipamento no domicílio. Considerando o mesmo critério, Codó, no Maranhão, tem a menor proporção, menos de 18%.
Câmara aprova castração química para condenados por pedofilia
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (12) um projeto de lei que determina a castração química de pessoas condenadas por pedofilia.