A queda nas taxas de financiamento habitacional foram um dos maiores impulsores para a movimentação do mercado imobiliário em 2020, mas será que esse cenário se manterá neste 2021? Rafael Scodelario, especialista no mercado imobiliário explica que se há desejo e condições de comprar ou financiar um imóvel, o momento é agora.
Segundo o especialista, o cenário se mostra oportuno, pois a crise econômica causada pela pandemia ainda se reflete no mercado, o que faz com que a oferta de imóveis continue alta e, por consequência, os preços se mantenham competitivos e estáveis.
"Está mais fácil adquirir um financiamento agora visto que o crédito imobiliário se tornou mais acessível. Porém, à medida que o país for se recuperando e as taxas de juros subirem novamente, a tendência é que esse estoque de imóveis diminua, assim como os preços subam”, analisa Rafael.
Com a imunização se iniciando, a expectativa é que os preços dos imóveis voltem a valorizar, mas não é preciso se desesperar. Segundo Rafael, os juros não devem subir a curto prazo, mas sim a médio e longo prazo. "Não há hipóteses da taxa básica de juros cair mais que o nível em que se encontra hoje, por isso, caso o imóvel seja financiado, esse é o momento de conseguir as parcelas mais baratas e os melhores prazos”, garante.
Outro ponto é que a área da construção civil vive forte pressão de preços dos insumos alguns registraram elevação de 60% do valor o que virá a refletir no preço dos imóveis. Há ainda estados que registraram aumento no preço dos terrenos, como é o caso de São Paulo. "A estimativa é que comprar uma casa se torne mais caro ano que vem”, alerta Rafael.