Perceber que seu bichinho está doente pode ser uma tarefa difícil para quem tem gato, ainda mais, se o dono passa muito tempo fora de casa ou é muito atarefado. Por se tratar de um animal de hábito independente, os primeiros sinais são bastante discretos. Algumas mudanças no comportamento, como diminuição ou aumento de apetite ou de ingestão de água, ficar inquieto ou amuado, lamber o mesmo lugar por muito tempo ou novos gemidos, podem ser fortes indícios de que algo está errado com o gatinho.
Os problemas, geralmente, começam depois de a doença ser diagnosticada. A hora da medicação pode ser um tormento para o dono, mas, principalmente, para o animal, que já está debilitado e estressado.
Segundo a médica veterinária da DrogaVET, Ana Carla Sampaio, o medicamento em pasta é a melhor forma para evitar transtornos. "Os gatos se lambem naturalmente e várias vezes ao dia, ou seja, aplicar a pasta sobre o corpo do animal é aproveitar um hábito comum para medicá-lo", aconselha. "Para os animais que possuam pelos longos, a recomendação é passar o medicamento em regiões onde sejam mais curtos, como as patas."
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Já quando o médico é em forma de pílula, recomenda-se não misturá-las à ração. "Os gatos possuem um paladar muito mais sensível e exigente que o dos cães e conseguem perceber pequenas alterações de sabor no alimento ou na água, rejeitando imediatamente a ingestão", explica. O ideal, para evitar transtornos, é ter alguém segurando o bichano, para que outra pessoa administre o comprimido. "Se não houver ninguém para ajudar, o corpo do gato pode ser pressionado contra o abdômen da pessoa. É possível, também, colocar o animal no chão, entre as pernas, limitando seus movimentos e impedindo que fuja", recomenda Ana Carla.
Por outro lado, a veterinária indica, além das pastas, os medicamentos líquidos. "Eles são mais aceitos pelos gatos, principalmente, se tiverem o sabor que eles conhecem e gostam. Uma única pessoa pode segurar a cabeça do animal, pendendo ligeiramente para trás e dar lentamente o remédio, com o auxílio de uma seringa", explica a profissional. "Nesse caso, é importante observar os movimentos de língua e pescoço, pois eles indicam que o gatinho está engolindo a medicação. Assim, é possível evitar que o remédio faça falsa via e vá para o pulmão", completa.