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Soluções para os problemas mais comuns de infiltração

31 dez 1969 às 21:33

Infiltrações severas causadas pela má ou pela falta de impermeabilização podem danificar a estrutura do imóvel. Quando uma habitação não é impermeabilizada, está sujeita a incidências de umidade. A penetração indesejada de água no interior de uma casa, por exemplo, pode causar a formação de mofos, efluorescências, degradação de argamassa, entre outros, gerando, além de desconforto estético, problemas respiratórios e alergias.

A necessidade da impermeabilização na construção civil existe porque os materiais empregados nas obras - concreto, tijolos, argamassas, entre outros - são porosos por natureza e, por isso, permitem a penetração da umidade. A impermeabilização garante a qualidade, durabilidade, conforto e salubridade do imóvel e deve ser feita em áreas frias, nas varandas, piscinas, reservatórios e todas as outras que estão sujeitas à penetração da umidade, seja ela sob a forma líquida ou vapor.


Para garantir que um imóvel esteja seguramente protegido contra esses problemas, basta providenciar um bom projeto de impermeabilização juntamente com os demais projetos executados da obra. Porém, se a obra está pronta e a grande ocorrência de chuvas ou o clima frio do inverno provocam prejuízos inesperados, já existem no mercado opções de impermeabiliazantes para reparos imediatos e produtos adequados para cada tipo de problema. Confira abaixo algumas soluções para os problemas mais comuns de infiltração:


Esquadrias e portas - É muito comum a passagem da água entre parede e esquadrias. Normalmente, esse problema está relacionado com a qualidade e o tipo de esquadria utilizada, com a mão-de-obra da colocação ou com os detalhes arquitetônicos da obra. Uma boa solução emergencial para evitar esses problemas é calafetar com um bom selante as áreas prováveis de infiltração. Exemplo: trincas e fissuras nos cantos dos caixilhos, as interfaces entre parede e caixilho, ou entre o vidro e o caixilho. Em superfícies de metal, concreto e alvenaria, a arquiteta Leonilda Ferme, gerente técnica da Denver Impermeabilizantes, aconselha o uso de selantes a base de poliuretano e, para vidro, os selantes de silicone.


Calhas - Se o problema é ocasionado pelo dimensionamento da calha, não há uma solução imediata. Nesses pontos geralmente o usuário esquece a necessidade constante de manutenção. Ou seja, é importante manter as calhas sempre limpas e desobstruídas. Esse cuidado ajuda muito a evitar os problemas de transbordamento de água durante as fortes chuvas. "Se após a limpeza concluirmos que o problema é a impermeabilização, uma boa dica é verificar se não há problema nos pontos de arremate dos ralos ou nas outras áreas críticas", afirma Leonilda. E ela dá como exemplo o destacamento de rodapés, juntas, algum dano, etc. Lembre-se sempre de executar os reparos com o mesmo sistema impermeabilizante utilizado originalmente. "Se o problema persistir, a única solução é quebrar e refazer a impermeabilização, seguindo as boas práticas executivas rigorosamente", finaliza.


Lajes - Vazamentos e infiltrações em lajes é um problema muito comum. O ideal é seguir as mesmas recomendações indicadas para as calhas, considerando que a área já tem uma impermeabilização. É recomendável limpar os ralos, checar os arremates da impermeabilização nos pontos de ralos, rodapés, juntas e arremates em geral e tentar fazer reparos localizados, como medida paliativa. "Mesmo para esses procedimentos imediatos é importante requisitar ajuda de um profissional qualificado. Não há como garantir a eficiência. Feito os reparos, é muito importante uma análise melhor da área para que seja executado um trabalho definitivo", considera a arquiteta.


Paredes e rodapés - Não há paliativo que resolva os problemas nessas áreas da obra. Deve-se fazer uma análise e partir para o serviço definitivo. A falha da impermeabilização dos baldrames são as causas mais comuns de problemas nos rodapés, conhecida como umidade ascendente, porque a umidade existente no solo tem a capacidade de ascender, ou seja, subir através das paredes, podendo alcançar alturas até um metro, dependendo da intensidade de umidade do terreno. Duas soluções podem ser adotadas neste caso, de acordo com o tipo de parede:


Com tijolo maciço - Injetar um produto cristalizante, de base mineral. Em contato com a água, ele forma cristais sólidos e insolúveis, cansando o "entupimento" dos poros dos tijolos e barrando a ascensão da umidade. Essa solução é definitiva.


Com tijolo de alvenaria furada - Aplicar argamassa polimérica três vezes (três demãos) sobre a parede previamente preparada. Esse produto deve ser aplicado em altura de, no mínimo, 1,5 metro acima da manifestação da umidade, dos dois lados da parede.

Aterros e escavações - É comum encontrarmos umidade nos ambientes causada pela presença de terra do outro lado da parede. É um problema bastante comum que muitos usuários enfrentam com o vizinho, porque construiu a casa dele num nível de terreno acima do nível de sua casa, ou que o usuário cria para si mesmo, quando faz escavações para construir uma garagem, deixando as paredes em contato com a terra. Para ambos os casos, vale a mesma solução: aplicar argamassa polimérica pelo menos três vezes (três demãos).


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