Nos condomínios residenciais, a fiação elétrica antiga e a falta de manutenção das instalações podem causar curtos-circuitos e até incêndios. Confira as sugestões da Lello, empresa de administração condominial de São Paulo, para garantir a segurança do lar.
Outros fatores que podem propiciar incidentes com fogo são descargas elétricas ou até mesmo falhas humanas. "Há um extenso check-list que deve ser observado nos condomínios para evitar incêndios. É muito importante que todas as normas de segurança sejam observadas para evitar que o patrimônio e a vida dos moradores sejam colocados em risco", afirma a engenheira Raquel Tomasini, gerente de produtos da Lello Condomínios.
Instalações elétricas
Se a corrente elétrica estiver acima do que a fiação suporta, pode ocorrer superaquecimento dos fios, com risco de incêndio. Portanto, se os dispositivos de proteção (disjuntores) caem com frequência, a solução não está na troca destes equipamentos, mas sim na revisão da fiação, que não suporta mais a carga.
Instalações de gás
Somente pessoas habilitadas devem realizar consertos ou modificações nas instalações de gás. Para verificar eventuais vazamentos, nunca use fósforos ou chamas e não tente improvisar maneiras de estancar os vazamentos, como a utilização de cera, por exemplo.
Rotas de fuga
Mantenha sempre desobstruídos corredores, escadas e saídas de emergência, sem vasos, tambores ou sacos de lixo. Jamais utilize corredores, escadas e saídas de emergência como depósito, mesmo que seja provisoriamente. Nunca guarde produtos inflamáveis nesses locais. As portas corta-fogo não devem ter trincos ou cadeados. Participe dos treinamentos de Formação de Brigada de Incêndio realizados anualmente em sua edificação.
Sistema de combate a incêndio
Certifique-se que seu AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) do condomínio está válido. A renovação deve ocorrer a cada três anos para edificações de uso residencial e a cada dois anos para as de uso comercial e/ou misto.
Extintores / hidrantes / mangueiras
Os extintores de incêndio devem ser apropriados para o local a ser protegido e devem estar distribuídos conforme o determinado em Projeto de Combate a Incêndio aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Sua manutenção/recarga deve ser realizada por empresas especializadas, conforme indicado pelo fabricante.
Hidrantes e mangotinhos devem ser mantidos sempre bem sinalizados e desobstruídos. Os testes hidrostáticos das mangueiras devem ser realizados em equipamentos apropriados, com altas pressões.
As mangueiras devem ser enroladas com os acoplamentos para fora (facilitando o engate) e muito bem secas, evitando seu apodrecimento e a oxidação da caixa.
Iluminação de emergência
A iluminação de emergência entra em funcionamento quando falta energia elétrica e pode ser alimentada por gerador ou bateria e acumuladores (não automotiva). A iluminação de emergência é obrigatória nos elevadores e deve ser testada periodicamente, conforme as indicações do fabricante.
Alarme
Os alarmes de incêndio podem ser manuais ou automáticos. O alarme deve ser audível em toda a área abrangida pelo sistema de segurança. As verificações nos alarmes precisam ser feitas periodicamente, seguindo as instruções do fabricante. Mas lembre-se, que você deve prever um plano de ação para otimizar os procedimentos de abandono do local quando do acionamento do alarme.
Brigada de incêndio
A Brigada de Incêndio é uma equipe formada por pessoas treinadas com conhecimento sobre prevenção contra incêndio, abandono de edificação, pronto-socorro e dimensionada de acordo com a população existente na edificação (considerando funcionários e moradores).
Portas corta-fogo
As portas corta-fogo são próprias para isolamento e proteção das rotas de fuga, retardando a propagação do fogo e da fumaça. Toda porta corta fogo deve abrir sempre no sentido de saída das pessoas e seu fechamento deve ser completo, mas nunca fazendo uso de cadeados ou fechaduras. Lembre-se de verificar periodicamente o estado das molas, maçanetas, trincos e folhas da porta.
Para-raios
O pára-raios deve ser o ponto mais alto do edifício, verificado anualmente por empresas especializadas, conforme instrução do fabricante. Este sistema deve garantir que descargas atmosféricas não afetem a edificação e seus equipamentos.