O dito popular "água mole em pedra dura tanto bate até que fura" não é uma invenção. Até mesmo construções resistentes e duráveis estão sujeitas à degradação provocada pela água. Prédios, casas, edifícios comerciais, todos devem se precaver contra possíveis problemas causados pelo excesso de água.
Eliene Ventura, gerente técnica da Vedacit/Otto Baumgart, instrui o consumidor a ficar atento a todas as áreas sujeitas à pressão da água, como fundação, paredes, lajes, áreas frias, reservatório e piscina. "A elaboração de um projeto de impermeabilização é fundamental para atender as particularidades de cada obra."
A umidade pode aparecer na forma de manchas, escurecimento de rejuntes, destacamento de pintura, entre outros. Mas Eliene ressalta que o problema maior é quando surgem trincas em peças estruturais, como vigas, pilares e lajes. "A oxidação da barra de aço surge devido à combinação do ar com umidade. Uma barra de aço enferrujada dilata e destaca o concreto em seu entorno. O perigo está quando se trata a barra de aço com produto que não neutraliza a ferrugem, nem recupera o concreto ou a argamassa, sem conferir à peça estrutural a mesma resistência com a qual foi projetada."
Para não correr riscos, o serviço de recuperação e impermeabilização tem de ser especificado, planejado e acompanhado por profissional qualificado. Embora a função da impermeabilização seja evitar a infiltração, é necessário criar condições para a água escoar e não causar sobrecarga na estrutura.
Problemas futuros podem ser evitados se o responsável pela obra se preocupar com o desempenho do conjunto e levar em conta os diferentes materiais, como gesso, madeira, vidro, fibrocimento, pré-moldado, utilizados durante a construção. "Se não houver compatibilidade dos materiais, trincas e outras patologias surgirão, propiciando a penetração de água. Ambientes bem ventilados e impermeabilizados evitam o aparecimento de bolor e mofo. Portanto, um bom projeto arquitetônico é fundamental", completa Eliene.