Na primavera, a estação das flores, o aumento gradual da temperatura e da umidade nos ambientes, graças ao início das chuvas, colabora para a transformação de espaços ao ar livre, inspirando as pessoas a criarem e modificarem jardins e jardineiras. Para cuidar dessas peças que emprestam beleza aos jardins e peitoris de janelas, a gerente técnica da Vedacit/Otto Baumgart, Eliene Ventura, oferece dicas simples e bem eficientes.
O primeiro passo, antes mesmo do plantio, é saber qual o material e as dimensões da jardineira, pois alguns produtos de impermeabilização não aderem bem a certos substratos, comenta a técnica. Ela recomenda verificar a informação no rótulo da embalagem antes da compra. "A espessura que o produto atinge, a forma de aplicação e o acabamento necessário são informações que o consumidor deve levar em conta", afirma.
Com o formato definido, a próxima etapa é preparar a base, criando condições para que o produto fique bem aderido nas paredes da jardineira. Assim, é necessário escolher um sistema de impermeabilização. Devem ser consideradas as diferentes características dos produtos, que podem ou não facilitar a aplicação.
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"Os produtos podem ter base água ou base solvente, camada grossa ou camada fina, aplicados na forma de pintura ou jateados, que requerem proteção antes da colocação da terra e plantas, entre outros. Mais uma vez, é importante ler o rótulo do produto antes da aplicação", ela ensina.
A técnica diz que as jardineiras enterradas de alvenaria de bloco ou tijolos, devem ser revestidas de chapisco com cimento, areia, Bianco e água, e rebocadas com cimento, areia, aditivo impermeabilizante e água. O acabamento deve ser feito com duas demãos de tinta asfáltica, antes da colocação de terra e plantas.
Para jardineiras elevadas de alvenaria de bloco ou tijolos, Eliene Ventura recomenda revestimento de chapisco com cimento, areia, adesivo para argamassa e água, e rebocada com cimento, areia e água. "A impermeabilização é feita com manta ou membrana asfáltica. Depois, executar a proteção mecânica e a pintura com duas demãos de tinta asfáltica", acrescenta.
Por fim, a colocação da terra e plantas. "Jardineiras de pequeno porte de fibrocimento podem ser tratadas com produtos bi-componentes compostos de pó (cimento modificado) e líquido (polímero). Os dois componentes devem ser muito bem misturados e aplicados com pincel ou broxa. Uma das vantagens dos produtos é que eles se moldam facilmente ao substrato. Depois é só colocar a terra e plantas", diz a técnica.
Eliene comenta que os vasos de barro podem receber impermeabilizante de base cimentícia, e que a cerâmica, por ser lisa, não oferece boa adesividade à grande parte dos produtos impermeabilizantes. "Materiais plásticos já são impermeáveis, e o alumínio pode receber tinta asfáltica, mas convém fazer um teste antes. A dica é o consumidor conhecer o tipo de planta a ser cultivada, e pesquisar com o fornecedor qual o vaso mais apropriado e a melhor maneira de mantê-las".
A recomendação de Eliene é que, independente do sistema de impermeabilização escolhido, é importante selecionar plantas de raízes não perfurantes, tipo rasteira, e a drenagem. "Não é necessário utilizar mão de obra especializada, dependendo do porte da jardineira, pois os produtos são aplicados na forma de pintura, bastando seguir o consumo estipulado pelo fabricante", comenta.
"Mão de obra é necessário para quando é utilizada a manta asfáltica, que é aplicada com maçarico. No caso de jardineiras de grande porte, nas quais a preparação da base exige chapisco e reboco, pode-se contratar um pedreiro. É importante salientar que o bom desempenho do serviço também diz respeito aos cuidados na manutenção do dia a dia da jardineira", finaliza Eliene.