Desde o ano passado, quando a União Européia votou uma medida a favor da conservação do planeta, que visa banir até 2012 as lâmpadas incandescentes e promover a substituição por fluorescentes ou LEDs, ganha força a questão da diferença entre os produtos com essa tecnologia, disponíveis no mercado.
Por lá, esse foi inclusive, um dos primeiros passos para que os diodos emissores de luz se popularizassem ainda mais. No Brasil, os LEDs também deixaram de ser vistos apenas como um ponto de luz em aparelhos eletrônicos, e ganharam o gosto e a preferência dos lighting designers em seus projetos.
Animados com a possibilidade de um fácil retrofit, procedimento de substituição de tecnologias tradicionais, sem necessidade de alteração na rede elétrica ou adaptações nos pontos de luz, tanto profissionais quanto consumidores finais buscam cada vez mais pelos LEDs.
Sejam em forma de lâmpada (lamp LED) ou em soluções customizáveis, como as fitas ou módulos de LED, há uma nova tendência de mercado despontando no cenário nacional. Atraentes pela promessa de oferecer uma vida útil de até 50 mil horas (o equivalente a mais de seis anos de funcionamento contínuo), os LEDs também chamam a atenção pela economia de energia, além de não possuírem substâncias prejudiciais ao meio ambiente em sua composição.
Esses e outros fatores fazem com que estes produtos gerem outros benefícios, como a diminuição da produção de resíduos, fundamental para a preservação do meio ambiente. Entretanto, enquanto essa tecnologia passa pelo processo de massificação, os consumidores que buscam apenas por preços mais baixos têm sofrido. Isso porque nem sempre economizar, num primeiro momento, é sinônimo de bom negócio, ainda mais quando se fala em tecnologia.
Com o resultado final obtido após o uso de produtos de procedência duvidosa e de má qualidade, cria-se uma percepção equivocada de que os LEDs não são tão bons quanto se diz. Com durabilidade e pacote de luz reduzidos, estes produtos de procedência duvidosa acabam causando uma má primeira impressão e distorcendo os reais benefícios desta tecnologia.
É necessário ter em mente que as empresas sérias e competitivas investem constantemente no desenvolvimento de produtos cada vez melhores, e que superem as expectativas do consumidor. Por isso, às vezes, é sensato ter um custo inicial mais alto, para depois não enfrentar a preocupação com substituições ou reparos naquela que parecia ser a melhor opção.
Sem dúvida, os LEDs representam o que há de mais moderno em termos de tecnologia para iluminação. Sendo assim, não se deixe frustrar por produtos que não correspondem ao que eles poderiam oferecer. Lembre-se do ditado que diz que o barato pode sair caro, e valorize seus investimentos, adquirindo sempre produtos de alta qualidade.
*Por Marcos Santos, engenheiro eletricista, graduado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com 21 anos de carreira na Osram do Brasil, onde exerce a gerência de marketing