Verdadeiros "oásis" entre paredes, portas e janelas, os jardins internos trazem o bem-estar, proporcionado pelo contato com a natureza, para dentro de casa. Ideais para áreas sem função, como vãos de escada, corredores muito estreitos ou cantos sem uso, esses recantos repletos de verde embelezam interiores e ainda melhoram a qualidade de vida.
A bióloga e paisagista Rosa Kühnlein explica que a escolha das plantas adequadas é fundamental no projeto dos chamados jardins de inverno. As espécies indicadas são as que naturalmente viveriam nos fundos de mata, onde há mais sombra. "Essas plantas são as de verde intenso e brilhoso", diz. A insolação é outro fator a ser observado na fase de projeto. Se há incidência do sol da tarde, por exemplo, não é recomendável escolher espécies muito delicadas, sensíveis ao calor.
Como a maioria das flores coloridas não sobrevivem em áreas internas, uma dica é escolher plantas de tonalidades diferentes para quebrar a monocromia. Locais de pé-direito alto, com vãos de escada, pedem exemplares de porte maior, como ráfias e palmeiras. A bióloga ressalta que a colocação de pedras sobre a terra não tem apenas efeito ornamental. O objetivo é proteger a casa do contato com a terra. Casca de pinus é outra cobertura bastante usada nos jardins internos.
A manutenção do jardim interno é básica, com rega a cada dois ou três dias. Para saber se a planta precisa de água, Rosane ensina colocar a mão na terra e sentir a umidade. A rega só deve der realizada se o solo estiver seco, caso contrário, o excesso de água pode matar as plantas. Para facilitar o trabalho, é importante providenciar uma torneira com encaixe de mangueira no próprio jardim ou em uma área próxima. A cada três meses, adubação orgânica com húmus de minhoca ou esterco vai garantir plantas sempre bonitas e saudáveis.