Equipamentos e treinamentos básicos ensinam a não apagar o fogo com substâncias inflamáveis
Incêndios domésticos são acidentes mais fáceis de acontecer do que se imagina. E o período de isolamento social acentuou esse perigo, já que as pessoas estão mais em casa e com mais equipamentos eletrônicos ligados simultaneamente -em março de do ano passado, época do decreto de quarentena em
São Paulo, foram registrados 60% mais casos de incêndio em relação ao mesmo mês de 2019, segundo
os bombeiros.
As maiores causas estão relacionadas ao próprio comportamento. Eletrodomésticos e eletrônicos ligados de forma inadequada, fiações precárias ou mesmo adaptadores com muitas tomadas em uso são grandes culpados por princípios de incêndio, diz a engenheira Edilma Silva, especializada em segurança do trabalho. "O celular no carregador, a panela esquecida no fogão e o vazamento de botijões dão muitos problemas."
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Tais incidentes ocorrem em qualquer época do ano, embora o inverno e o tempo seco facilite focos de incêndio em áreas externas, com vegetação. Nos condomínios,equipamentos de proteção e contenção das chamas são essenciais e, em muitos casos, obrigatórios-mas o tamanho e a complexidade do sistema anti-incêndio variam como número de moradores.
"A estrutura em sida edificação deve suportar o fogo por um período suficiente para que todos abandonem o prédio", explica o engenheiro civil Alexandre Donato, da empresa Riber Fire, Engenharia de Combate a Incêndios. "Precisa também evitar que o fogo passe de um ambiente para o outro", principalmente nas rotas de fuga e escadas de emergência.
Extintores e sinalizações com instruções para evacuar o prédio são necessárias em condomínios de qualquer tamanho, enquanto aqueles com mais de750m² têm exigência de alarmes com acionamento manual. Os maiores podem precisar de detectores, que podem ser de fumaça,mas também de calor ou radiação -esses aparelhos também devem passar por manutenções periódicas, feitas por profissionais qualificados. Essas e outras instruções, como uso de material de sinalização estão nas instruções técnicas do Corpo de Bombeiros, que variam entre os estados, e influenciam na emissão do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) para as edificações.