A primavera e o verão são estações marcadas por períodos chuvosos em grande parte do país. Além da constante alteração de temperatura, que ocorre quase diariamente, a umidade pode trazer prejuízos para aqueles que, durante a construção e reforma, não se atentaram aos cuidados necessários em uma das etapas mais importantes destes processos: a impermeabilização.
A ausência deste processo pode resultar em infiltrações em edificações e transtornos que variam de danos leves no acabamento a perdas definitivas da estrutura da construção. Por isso, no mercado de materiais para construção há uma infinita gama de itens que podem conter, impedir e direcionar a passagem da água.
Cada situação exige um tipo específico de impermeabilizante. Na hora de escolher qual é o produto mais adequado, além de consultar um profissional da área, é necessário levar em consideração o local onde o produto será aplicado e as características dos impermeabilizantes disponíveis no mercado. "Existem produtos rígidos e flexíveis. Os cimentícios de base acrílica, compostos por uma combinação de resinas, aditivos e cimentos especiais são os considerados flexíveis, pois promovem uma impermeabilização rápida em locais com problemas de umidade e mofo, como rodapés e paredes. Já os produtos rígidos são impermeabilizantes superaditivados, ideal para áreas enterradas, piscinas e tanques. Além disso, a aplicação deve ser bem calculada", explica a projetista da Casa Show, Danielly Profeta.
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Porém, todo trabalho pode ser em vão se outro fator não for levado em conta: de onde vem a umidade ou a infiltração? Existe a umidade que vem do piso, a chamada infiltração ascendente. Para este tipo de problema, é necessário quebrar a base da parede e, se for necessário, retirar parte do piso até a fundação e aplicar o impermeabilizante para conter umidade que vem do solo.
O outro tipo de umidade é aquela que desce pelas paredes, normalmente ocasionada pelas chuvas. "Neste caso é necessário verificar as condições do telhado e da laje de cobertura a fim de detectar a origem do problema. Deve-se conferir a posição das telhas e das vigas, aplicar impermeabilizante na laje de cobertura e, caso seja preciso, impermeabilizar as paredes, pois a origem pode ser a porosidade dos blocos", explica a projetista.
O gerente de produtos da Casa Show, Célio Moura, afirma, ainda, que o consumidor tem que aplicar cada produto de acordo com a suas instruções para que ele funcione adequadamente. Moura informa também que, se esta etapa for realizada adequadamente, muitas vezes nem é necessária a manutenção. A parede, por exemplo, deve receber a impermeabilização antes da tinta. Desta forma, evita-se que o mofo e o surgimento de bolhas. Atualmente, também existem tintas antimofo que combatem este tipo de problema.
Na área de tintas, também é possível encontrar versões emborrachadas e elásticas que impedem o surgimento não apenas do mofo e da umidade, mas também de trincas e pequenas fissuras. Já para aqueles que sofrem com rinite ou alergia, as tintas antibacterianas e antimofo são as ideais.