Flores e folhagens contribuem com a decoração e tornam qualquer espaço mais bonito e agradável. O banheiro é um ambiente que cai no esquecimento e muitas vezes, fica sem plantas para harmonizá-lo. Com os devidos cuidados, é possível manter no banheiro diversas espécies, desde as básicas violetas às deslumbrantes rosas-do-deserto. Dentre os fatores que devem ser levados em consideração está o fato dos banheiros terem muita umidade e receberem pouca luz. A dica dos especialistas é deixas as plantas próximo às janelas, ou apostar em espécies que aceitam ficar no chão e gostam de meia-sombra. Aliás, se o ambiente não tiver janela é melhor desistir da ideia. Você só vai gastar tempo e dinheiro tentando manter a planta viva.
Para que as plantas resistam ao ambiente é recomendado empregar um substrato 100% orgânico de turfa, material de origem vegetal tão fértil que dispensa até a terra, já que soma todos os nutrientes necessários. As mudas crescidas também resistem mais que as recém-plantadas. Por fim, mantenha a manutenção do ambiente e das plantas em dia para garantir que elas se mantenham saudáveis. Deixe os vidros sempre abertos para evitar fungos e prefira os vasos de cerâmica. As dicas são da paisagista Gigi Botelho e Ana Paula Magaldi, de São Paulo.
Violeta
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A família violaceae reúne cerca de 800 espécies que oferecem uma grande vantagem: o florescimento contínuo, desde que protegidas do sol direto, contudo expostas a bastante luminosidade. A primeira dica é deixar o vaso próximo da janela. Molhe a terra - nunca as folhas ou as flores - duas vezes por semana no verão e uma no inverno. A rega tem um segredo: como a violeta é inimiga do cloro, ferva a água e espere que alcance a temperatura ambiente antes de usá-la. Para adubar, alterne mensalmente entre farinha de osso e húmus.
Miniespada-de-São-jorge
Também chamada de espada-de-são-jorge-anã, a sansevieria trifasciata ‘hahnii’ é conhecida, na cultura popular, por eliminar a má sorte. Com folhas espessas, dispostas em formato de rosa, costuma atingir até 20 cm de altura. Pode ser mantida tanto perto da janela quanto no piso do banheiro, pois resiste bem em áreas de meia-sombra. Como ela se adapta a solos secos, regue-a com uma xícara de água somente uma vez por semana. Esta espécie é uma das mais práticas, já que não necessita nem de adubação nem de poda.
Dinheiro-em-penca
Com folhas que lembram moedas, seu nome atrai prosperidade. A Pilea nummulariifolia apresenta ramagem delicada e ornamental, que chega a 15 cm. Fica na janela, ao lado de uma violeta, por exemplo, ou sobre a bancada, já que aprecia meia-sombra. "A iluminação direta queima suas folhas, enquanto a falta dos raios solares torna-as esparsas, deixando galhos e terra à mostra", explica a paisagista Gigi botelho. Os cuidados preveem rega a cada dois dias, mas sem encharcar, e nutrição com adubo orgânico de dois em dois meses.
Rosa-do-deserto
A africana Adenium obesum combina com clima quente e seco, condições que incentivam sua floração entre a primavera e o verão. Por isso, se faltarem luz e ventilação no banheiro, risque-a da lista. Na natureza, a espécie chega a 4 m, porém são comuns as versões anãs (cerca de 15 cm). Uma mistura de areia grossa e terra serve de substrato e recebe pouca água, mas com frequência (uma xícara a cada três dias). Embora não requeira adubação, pode-se estimular a florada com fertilizante orgânico. Atenção: use luvas ao podá-la: a seiva é altamente tóxica.
Asplênio
As folhas nascem enroladas no centro dessa samambaia de origem asiática (Asplenium nidus L.) até assumirem grandes dimensões (chegam a ter 90 cm de extensão). Logo, só os ambientes de medidas mais generosas conseguem acomodar a espécie, que vai sobre o piso. Prefira alocá-la em um canto sombreado, perto da janela. Molhe-a a cada três dias, de modo que fique sempre úmida. Para repor os nutrientes, varie entre adubo granulado do tipo NPK 10-10-10, dissolvido em água, e fertilizante orgânico a cada quatro meses. (Fonte: Casa Abril)