Quase todo brasileiro com algum espaço em casa tem um cão. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Pet (Abinpet), são mais de 33 milhões desses bichinhos espalhados pelos lares do Brasil. Mas essa relação pode se tornar um problema quando o dono do cachorro tem outra paixão: as plantas. É que os cães, principalmente, são mestres em comer as plantas e cavar buracos em seus vasos.
Mas essa relação não precisa ser problema, se os donos do bichinho tomarem alguns cuidados. Segundo a paisagista Erly Hooper, cães e plantas podem sim dividir o mesmo espaço e o coração de seus donos. "Uma opção é colocar borra de café nos vasos. O cheiro forte afasta os cães e também gatos. Outra alternativa é forrar o vaso de planta com pedras. Elas impedem que os animais cavem a terra", ensina a profissional. No caso de jardins, Erly indica usar uma rede fina sobre as mudas e/ou sementes. Dessa forma, evita-se o contato dos animais com as plantas sem impedir o crescimento delas.
Outra dica importante é evitar plantas adocicadas. "Miolo de bromélia, por exemplo, é uma espécie que deve ser evitada, por ser doce, os animais adoram comê-la", alerta a paisagista. Devem ser evitadas também plantas tóxicas, para que acidentes não ocorram. "Comigo-ninguém-pode, costela-de-adão, espirradeira, azaléia, filodendro, bico-de-papagaio, trombeta-cheirosa, íris, tulipa e narciso são exemplos de plantas que não devem aparecer em locais onde há bichos de estimação. Elas podem causar vômito, diarreia, convulsões e salivação", ressalta Erly.
A paisagista aproveita para esclarecer o mito de que as fezes do cachorro e do gato podem ser usadas como adubo. Segundo ela, "somente dejetos produzidos por equinos e bovinos podem ser empregados dessa forma, já que esses animais se alimentam exclusivamente de vegetais". Além disso, as fezes de bicho de estimação podem contaminar as plantas e acabar matando-as.