Nojo, pavor, fobia, aversão... Para muita gente, são esses os sentimentos despertados pelas baratas, insetos que, embora pequenos e aparentemente inofensivos, têm a capacidade de aterrorizar principalmente as mulheres. Nove entre dez pessoas do sexo feminino simplesmente não suportam nem olhar para esses bichos. Mas, os problemas causados pelas baratas vão muito além das reações que elas provocam nas pessoas.
Embora não 'mordam', como muita gente supõe, elas são perigosas à saúde, pois carregam microrganismos patogênicos na cutícula, asas, antenas, exoesqueleto e pernas, ou seja, praticamente em todo o corpo. Como transitam por áreas muito sujas como lixo e esgoto, as baratas carregam bactérias – entre as quais, a Salmonella -, além de fungos, vírus e vermes, todos capazes de causar diarreia e desidratação aos humanos. A contaminação acontece quando esses insetos passam sobre os alimentos e descarregam os microorganismos. Quando consumidos, os alimentos contaminados podem fazer mal à saúde
Além dos incômodos digestivos e intestinais, as baratas ainda podem causar alergias, como rinites e crises de asma, pois pedaços minúsculos do corpo podem se misturar à poeira e serem inalados por pessoas sensíveis.
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Verão e proliferação
Para a maioria das pessoas a estação mais quente do ano é sinônimo de férias, piscina, praia, diversão e... problemas com as baratas. Isso acontece porque, como todo inseto, elas não produzem calor e precisam de um lugar quente para se abrigar - entre 25° e 28° C – já que dependem exclusivamente da temperatura ambiente. Como no verão encontram altas temperaturas mesmo fora dos seus esconderijos, fica muito mais fácil se deparar com alguns exemplares pela casa. Os dias quentes também favorecem a reprodução das cascudas, já que o calor acelera seu metabolismo.
Esconderijos
O meio urbano é o habitat perfeito para as baratas. Nas edificações elas buscam cantinhos, frestas e cavidades para se proteger e se reproduzir. Tanto é assim que podem ser encontradas em redes pluviais, de esgoto, redes elétricas, quadros e painéis de luz e cabines elétricas ou podem aparecer – para o seu desgosto – até mesmo dentro de gavetas e armários.
Prevenção e combate
A máxima prevenir é melhor que remediar se encaixa perfeitamente quando o assunto é manter bem longe essas indesejáveis visitantes, pois combater uma possível infestação será muito mais difícil.
Para prevenir a presença desses insetos em casa o primeiro passo é reduzir a oferta de quatro elementos que favorecem a sua presença, como alimentos atrativos, água, abrigo e acesso. Outro fator que essencial para evitar que elas invadam sua casa é a higienização. Por isso, mantenha um bom manejo do lixo e de resíduos, além de fazer reparos de vazamentos e infiltrações.
Lembre-se que um principais fatores de controle desses insetos é a utilização de mecanismos de exclusão, que bloqueiam as principais portas de entrada das baratas nas residências. Um dos acessos mais fáceis e utilizados é o ralo, por onde grande parte das baratas entram. Para barrar fisicamente a passagem, uma dica é optar por modelos de tampa dupla, que abrem somente na hora do uso e podem ser mantidos fechados o resto do tempo. Outros mecanismos de exclusão são as lâminas de borracha sob os vãos das portas (tipo rodinho) e o telamento de aberturas voltadas diretamente para a rua.
Selar frestas e fendas também faz parte das medidas de prevenção e, nestas se incluem as frestas nos rejuntes de azulejos, buracos nas paredes, espaços ao redor dos encanamentos, vãos de armários junto às paredes, vãos de tomadas, vãos de rodapés e todo espaço oco ocasionado por falta de manutenção.
Entretanto, mesmo com todas estas medidas de prevenção uma ou outra 'inimiga' pode entrar voando pela janela. Nesses casos, lance mão de inseticida em spray (vendido em supermercados), que são eficientes para resolver aparições pontuais. Não exagere no uso do veneno para evitar intoxicações nos moradores da casa.
Além do inseticida, também existem as iscas de veneno, que vêm lacradas e têm um pequeno acesso para os insetos: as baratas entram no recipiente para se alimentar da isca com inseticida e morrem depois de algum tempo. Essas iscas podem ser espalhadas nos mais diversos ambientes, principalmente armários da cozinha, sob a pia, perto de estoques de alimentos e em áreas externas, mas devem ser mantidas fora do alcance de crianças e animais domésticos.
É importante lembrar que esses recursos funcionam bem para pequenas infestações. Se houver grande número de insetos nos ambientes da casa - com presença de ninfas e adultos em progressão - a abordagem correta deve ser a contratação de profissionais especializados, de empresas de controle devidamente licenciadas pelos órgãos ambientais de cada Estado. Para conhecer a listagem dos prestadores de serviço licenciados, além de outras orientações, consulte a Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas. (Fonte: Uol Casa e Decoração)