A piscina aparentemente cristalina nem sempre é a melhor indicação de limpeza da água. Além da boa aparência visual, a água precisa estar adequadamente sanitizada para garantir a saúde e bem-estar dos usuários. O uso intenso durante as estações mais quentes, ou mesmo a simples exposição às interferências do tempo, nas épocas mais frias, interferem diretamente na salubridade e na segurança.
"A sanitização da água é importante em qualquer época do ano. Uma piscina sem tratamento químico favorece a transmissão de doenças infecciosas como micose, conjuntivite, otite, febre tifóide, herpes, hepatite, entre outras. Além disso, propicia o aparecimento de larvas de insetos e se transforma em um criadouro do mosquito da dengue", explica José Maria Campos, gerente de Marketing da hth.
De acordo com o executivo, o tratamento químico da piscina deve seguir critérios específicos. "Quando realizado de maneira adequada, elimina doenças e também facilita e barateia a manutenção da piscina, tanto em períodos de menor movimento quanto em épocas em que o uso é maior".
O técnico da hth, Fábio Forlenza, estima que o custo mensal para o tratamento da piscina começa em R$ 60,00, variando de acordo com o produto utilizado e a regularidade do seu uso. O tratamento deve levar em conta três fatores: a remoção física de sujeiras, o bom funcionamento do filtro e o uso adequado de produtos químicos. "É isso que mantém a piscina mais saudável. A cloração, na medida certa, assegura que a água esteja totalmente sanitizada", explica.
Procedimentos para manutenção - Para manter a qualidade da água sempre em dia, alguns procedimentos devem ser feitos com regularidade:
Limpeza Física
- Varrer ao redor da piscina;
- Usar peneira para retirar materiais em suspensão na água;
- Limpar as bordas da piscina usando esponja e produto apropriado;
- Mesmo no inverno, quando a utilização da piscina diminui, em alguns casos até 100%, o tratamento não pode ser interrompido.
Filtragem
- Filtrar a água da piscina por no mínimo 6 horas, diariamente ou de acordo com a recomendação do fabricante;
- Certificar-se que todos os equipamentos da piscina como filtro, areia, bomba e tubulações estejam em bom estado e funcionando corretamente para que os produtos sanitizantes e balanceadores da química da água atuem corretamente.
Tratamento Químico
- A água deve estar quimicamente equilibrada (alcalinidade e pH), parâmetros que devem ser verificados pelo menos a cada dois dias ou de acordo a utilização da piscina;
- Uma vez por semana, é recomendável o processo de elevação do teor de cloro para garantir a completa eliminação de microorganismos e algas mais resistentes que ainda possam estar no meio;
- Com medidores adequados, verificar os três parâmetros da água: alcalinidade, pH, e cloro livre;
- A alcalinidade desajustada dificulta o equilíbrio do pH, podendo provocar danos a equipamentos, além de deixar a água turva. A faixa ideal é de 80 ppm a 120 ppm;
- O pH desajustado pode causar irritação na pele e nos olhos, cabelos ressecados, corrosão de equipamentos e redução na eficácia do cloro. A faixa ideal é entre 7,0 e 7,4;
- O cloro é o principal agente sanitizante e desinfetante da água, sendo seu uso obrigatório por Lei. O parâmetro ideal entre 1 ppm a 3 ppm de cloro livre.
Manuseio de produtos
Se não forem feitos com cuidado, o armazenamento e o manuseio inadequados dos produtos para tratamento da piscina têm o potencial de transformar momentos agradáveis em uma ameaça para a saúde e a segurança das pessoas. Por isso, algumas dicas são importantes, não só para os responsáveis pela limpeza e manutenção da qualidade da água, mas também para os banhistas e freqüentadores.
Para evitar acidentes, a primeira providência é não expor os produtos ao sol e intempéries, fazendo o armazenamento em local fechado, ventilado e sem umidade, a uma temperatura em torno de 25ºC. Mantê-los longe de alimentos e outros produtos químicos, bem como do acesso de crianças e animais domésticos também são atitudes fundamentais.
No momento do uso, é necessário seguir rigorosamente as indicações de segurança que constam do rótulo do produto. Muitas vezes, misturar duas fórmulas diferentes em um mesmo recipiente pode provocar fogo, emissão de gases ou mesmo explosões. "É importante que, além de seguir as recomendações do fabricante, o manuseio ocorra em ambiente aberto, com circulação do ar, nunca em locais fechados, como a casa de máquinas. A probabilidade de intoxicação é grande", afirma o técnico da hth, Fábio Forlenza.
Após a aplicação, as embalagens devem ser guardadas imediatamente. Com o término do produto, ainda é aconselhável enxaguar e retirar todo o resíduo, antes de descartar a embalagem vazia.