Pet deixou de ser ‘apenas um pet’ para se tornar um verdadeiro membro das famílias brasileiras e os números comprovam a relevância dessa afirmação: de acordo com a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), nosso país abriga a segunda maior população de cães (55,9 milhões) e gatos (25,6 milhões). E se no passado eles ficavam segregados de uma área restrita da casa, hoje eles fazem parte e frequentam todos os ambientes: por isso, nada mais justo que adaptar a arquitetura de interiores para uma convivência benéfica e feliz: tanto para os donos, como também para os bichinhos.
Segundo a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva o seu nome, o profissional de arquitetura conta com a experiência de executar um projeto de interiores pensado e adaptado para que os animais possam viver tranquilamente. “Os pets precisam de uma área livre e segura dentro de casa para conviver com os tutores, além de espaço disponível para as brincadeiras e o desenvolvimento. Por isso, é importante que esse local seja direcionado de acordo com as características de cada animal, orienta a profissional. Para ela, boas ideias e uma gama de materiais propiciam a realização de adaptações nos ambientes para melhorar a qualidade de vida dos pets e sem perder o valor estético do local.
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Os pets e a decoração
Uma diversidade de materiais e revestimentos oferecem vantagens que melhoram a qualidade de vida dos animaizinhos. Para os pisos, a cerâmica, o porcelanato e o vinílico são materiais indicados, uma vez que trazem segurança e beleza ao ambiente. Porém, o morador deve dar preferência para acabamentos acetinados, já que os polidos e muito escorregadios prejudicam a articulação dos pets, podendo resultar em problemas de mobilidade e maior gasto de energia, em função da falta de aderência que exige um esforço maior da parte deles. “A escolha do piso é a decisão mais importante para quem tem pets. Além desses fatores, ele precisa ser de fácil higienização e prático para o dia a dia dos tutores”, orienta Isabella.
A marcenaria também é considerada uma aliada, uma vez que é possível criar espaços criativos para os animais, como uma caminha ao lado da cama do dono, comedouros e bebedouros. A maior benesse da marcenaria é que, além de acompanhar o estilo decorativo do ambiente, é possível embutir nos móveis para não interferir na circulação, liberando espaços tanto para os pets, como também para os donos.
Tecidos mais indicados
O morador também deve se atentar aos tecidos da casa, pois as escolhas acertadas interferem diretamente no décor e na higiene da casa. O mercado oferece diversos tecidos que são voltados para o conforto do pet e que, ao mesmo tempo, são resistentes e que propiciam manutenção e higienização eficaz – sem contar a maneira como agregam para o visual do ambiente!
Segundo a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva o seu nome, os tecidos mais indicados são o suede ou couro – justamente por serem limpos muito facilmente. A profissional ainda relaciona que o tapete é outro elemento que também precisa dessa característica, pois é um lugar onde os pets também ficam bastante. “Evite cores escuras, pois dependendo do volume de queda da pelagem do animal, é possível visualizar nitidamente no tapete e nos móveis”, aconselha. Completando a rodada de orientações, a arquiteta Julia Guadix, responsável pelo Studio Guadix, acrescenta a cortina como um acessório que deve ser eleito com base na aparência e na praticidade. “O linho e o voil são belíssimos, mas desfiam com facilidade. Assim, pensando na usabilidade e longevidade, as persianas rolos são super indicadas para proteger janelas e fechamentos de varandas”, orienta.