A Secretaria da Administração prometeu divulgar no início desta semana o balanço da economia que o governo do Estado contabiliza desde o início do ano com as diversas mudanças administrativas adotadas: férias coletivas compulsórias (de 2 a 12 de janeiro), turno único, além de outros cortes determinados pelo governador Jaime Lerner (PFL).
As férias coletivas atingiram 110 mil dos 132 mil servidores na ativa e renderam economia de R$ 9 milhões. Foram cortadas despesas com água, luz, combustível, café, papel e outros gastos normais nas sedes das pastas em Curitiba e núcleos no interior. Os sindicatos dos servidores condenaram a medida, alegando que perderam o direito de escolher a data do descanso. Mas o Palácio Iguaçu comemorou o resultado e pretende deflagar novas férias coletivas em dezembro. Já a adoção do turno único, desde o início de fevereiro, vai poupar aos cofres públicos R$ 20 milhões ao ano.
O governo informa que vai investir os valores economizados com as férias coletivas no plano de saúde dos servidores do Estado, que foi encaminhado para votação na Assembléia Legislativa.
Ainda com o objetivo de controlar as finanças do Estado, o governador adotou novo limite de gastos para a administração pública. Jaime Lerner passou a ter controle mais apurado dos gastos do secretariado. O decreto estabelece que as despesas superiores a R$ 200 mil nas secretarias precisam de autorização prévia do governador.
O Conselho Estadual de Modernização e Otimização da Gestão Pública do Estado (Comope), composto pelos secretários de Governo (José Cid Campêlo Filho), Administração (Ricardo Smijtink) e Planejamento (Miguel Salomão) foi criado pelo governador no início do ano para tratar da revisão e racionalização permanente da estrutura administrativa, avaliação do cumprimento do plano estratégico do governo e da execução orçamentária, além de enxugar despesas.