O prefeito eleito Tiago Amaral (PSD) e o vice-prefeito Junior Santos Rosa (PL) serão empossados nesta quarta-feira (1°), em cerimônia realizada na CML (Câmara Municipal de Londrina) e na Prefeitura de Londrina. Eles foram eleitos no segundo turno com apoio de 143.745 londrinenses, 56,32% dos votos válidos.
Em entrevista à FOLHA, Amaral projeta um início de gestão com “respostas imediatas” em pontos estratégicos, como a saúde e a assistência social. Segundo ele, o atendimento à população em situação de rua deverá ocorrer a partir da integração de várias pastas, conforme havia sinalizado durante a campanha.
Os primeiros nomes que comporão o secretariado do prefeito eleito evidenciaram a busca por pessoas da iniciativa privada. A busca por nomes sem experiência na administração pública foi proposital, garante Amaral, e um período da adaptação está previsto.
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“Estamos cientes que vai haver um período de adaptação, mas todos estão muito dedicados para conseguir fazer essa transição com a maior naturalidade possível, junto aos próprios servidores, principalmente para que a população sinta apenas mudanças positivas”, reforça.
O prefeito eleito também adianta que alguns secretários deverão acumular pastas e que uma reforma administrativa está à vista. Ele ainda não sinalizou quem irá apoiar para a presidência da Câmara.
Confira a entrevista completa com o prefeito eleito Tiago Amaral:
Qual será a prioridade inicial da sua gestão?
A prioridade é colocar alguns serviços em ordem e colocar a cidade para rodar naquele perfil que a gente está procurando. Tem um período de adaptação dos novos secretários, porque fiz a opção de trazer pessoas que não tinham, necessariamente, experiência dentro da Prefeitura de Londrina e boa parte deles sem experiência também na estrutura pública. É claro que isso requer um tempo de adaptação um pouco maior, mas eu fiz essa opção até porque, ou a gente opta por alguém com experiência, mas também com alguns vícios, ou alguém que entra para pegar o jeito, fazer a adaptação na estrutura pública, mas trazendo o perfil que eu preciso, que é o perfil de dinâmica, de gestão moderna, que conheça e saiba trabalhar com indicadores, com metas e resultados, sabendo o que é fazer mais com menos. Esse é o perfil de pessoas que a gente trouxe.
Já projeta alguma medida inicial prioritária?
A minha expectativa é que a gente consiga trazer algumas respostas de imediato, principalmente na questão da saúde. É claro que não é simples, mas eu quero, quanto antes, [fazer isso]. A Vivian Feijó [secretária de Saúde] e o time dela já estão trabalhando nisso, para fazermos essa transição o mais rápido possível. Estamos montando um planejamento, também nos primeiros dias, integrando a pasta de Família e Desenvolvimento Social [antiga Secretaria de Assistência Social], junto com a Segurança e a Saúde, e junto com as demais áreas relacionadas para que possamos resgatar o centro da cidade. Vamos começar a apresentar um processo de encaminhamento para as pessoas que estão em situação de rua e também devolver o centro às famílias. A ideia é garantir que a gente tenha novamente a sensação de segurança muito forte na região central.
Houve reação após o anúncio da empresária Marisol Chiesa para a pasta de Família e Desenvolvimento Social, já essa não é a área de formação dela. O que motivou a sua escolha, Tiago?
O que estamos procurando não é… a gente até mudou o nome da pasta para Família e Desenvolvimento Social, porque a mentalidade que eu quero é a mentalidade que a Marisol tem. Eu estabeleci um perfil muito claro. É o perfil de alguém que tenha capacidade de entrega, que saiba trabalhar com planejamento e com resultados, e que tenha olhar para as pessoas, mas, mais do que olhar apenas para assistencialismo, a minha procura é para a saída, para conseguir deixar de depender de programas sociais. Não foi uma escolha simples, me demandou bastante tempo encontrar alguém que tivesse perfil para isso, disposição para fazer o enfrentamento que precisamos que seja feito. Não queremos que as pessoas sejam dependentes dos programas, mas queremos resgatar as pessoas em todos os aspectos humanos e devolver a capacidade dessa pessoa, mais uma vez, trabalhar e se desenvolver. E é claro que teremos profissionais de Assistência Social junto com a Marisol nesse processo. Eu quero dar condições de desenvolvimento social para os londrinenses.
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