Política

Suplentes assumem por um mês e ganham sem trabalhar

06 jan 2011 às 09:42

Pelo próximo mês, o Paraná terá sete novos representantes no Poder Legislativo federal e estadual. São os suplentes de deputados estaduais, federais e senador que deixaram os cargos a um mês do término do mandato para assumir pastas do secretariado estadual. Quatro deles retornam a postos já assumidos em ocasiões anteriores. Outros três tomaram posse pela primeira vez para exercer suas funções, ainda que durante o recesso parlamentar.

Entre os que tiveram sua recondução ao cargo está o deputado federal Íris Simões (PR). Ele tentou concorrer novamente a uma vaga na Câmara Federal nas eleições passadas, mas teve o registro de candidatura negado em razão da Lei da Ficha Limpa. Simões foi condenado em 2006 por abuso de poder econômico e utilização indevida dos meios de comunicação para campanha eleitoral. Além disso, o parlamentar é réu na Justiça Federal do Mato Grosso por suspeita de envolvimento no chamado esquema ''sanguessuga''. Ele assumiu o posto de Ricardo Barros (PP), empossado secretário estadual de Indústria e Comércio.


Luciano Pizzatto (DEM) reassumiu, na segunda-feira, o mandato no lugar de Cezar Silvestri (PPS), secretário estadual de Desenvolvimento Urbano. No entanto, Pizzatto está indicado para assumir a presidência da Companhia Paranaense de Gás (Compagás). Embora a Agência Estadual Notícias tenha anunciado a cerimônia de posse dele para às 8h30 da última terça-feira, a assessoria de imprensa do Governo do Estado informou que ele somente assumirá a função após a aprovação de seu nome pelo Conselho da Compagás, o que deve acontecer entre 15 e 20 dias. Enquanto isso, ficará com a vaga na Câmara.


Já para a vaga do londrinense Luiz Carlos Hauly (PSDB), secretário estadual da Fazenda, tomou posse anteontem, pela primeira vez, Flávio Luis Moreira Antunes (PSDB).


A primeira senadora paranaense assumiu o cargo na segunda-feira. Antes da eleita Gleisi Hoffmann (PT), Danimar Cristina Pereira da Silva (PR) ficará durante menos de 30 dias na vaga antes ocupada por Flávio Arns (PSDB), vice-governador do Paraná e secretário Estadual da Educação. Ela deixará temporariamente o emprego de assessora parlamentar da Assembleia Legislativa do Paraná.

Com o Congresso em recesso, mesmo sem participar de nenhuma votação, os suplentes terão direito a receber todos os benefícios inerentes ao cargo. Além do salário (R$ 16,5 mil) e auxílio-moradia (R$ 3 mil para deputados federais e R$ 3,8 mil para senadores), eles podem ainda contratar assessores para o período (R$ 60 mil no caso da Câmara). Os valores repassados serão proporcionais ao tempo em que ficarão no cargo. O suplente pode abrir mão de assumir a vaga, que passa a ser do próximo nome na lista de suplência.


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