Política

Substitutivo adia votação sobre radar móvel em Londrina

08 mar 2012 às 15:29

A Câmara Municipal de Londrina adiou mais uma vez a decisão sobre o uso
dos radares móveis pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
O projeto de lei 321/2009, de autoria do vereador Joel Garcia (PP), ganhou um novo substitutivo nesta quinta-feira (8). Na última sessão, na terça-feira (6), os vereadores aprovaram em primeiro turno o substitutivo nº 3 com o apoio mínimo necessário de 10 votos.

Garcia retirou o projeto de pauta para discussão do assunto com a sociedade e entidades. Ele informou que, no substitutivo nº 4, a CMTU fica proibida de utilizar o radar móvel por 12 meses a partir da data da publicação da lei. Neste período, campanhas educativas devem ser realizadas em escolas, associações, entidades e igrejas, além da conscientização de motoristas e motociclistas.


Além disso, a CMTU deve financiar as campanhas com 50% dos recursos levantados pelos pagamentos das infrações. "Dinheiro tem. Cerca de R$ 8 milhões foram arrecadados com as multas", disse o autor do projeto. "Não queremos acabar com a fiscalização, mas que ela seja realizada em consonância com campanhas educativas", justificou Garcia.


O vereador Roberto Kanashiro (PSDB) defendeu a permanência dos radares fixos, mas declarou que o equipamento móvel escondido com agentes não é educação, mas arrecadação de multas. O vereador Eloir Valença (PHS), que assina o projeto com o autor, sugeriu audiências públicas para discussão com entidades, instituições e universidades.

A base aliada ao prefeito Barbosa Neto (PDT) afirmou que as investigações sobre o cancelamento de multas na CMTU deve continuar, mas não demonstrou apoio a retirada dos radares móveis sob a justificativa de que os aparelhos reduzem a velocidade no trânsito e evitam acidentes. Sebastião dos Metalúrgicos (PDT) disse que ao invés da "indústria da multa", a cidade passaria a ter a "indústria da morte".


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