O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, minimizou a decisão da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que pediu ao Supremo Tribunal Federal que o presidente Michel Temer seja incluído no inquérito que apura supostos pagamentos ilícitos pela Odebrecht como contrapartida a interesses da empresa atendidos pela Secretaria de Aviação Civil.
"É mais uma investigação que, se acontecer, não vai dar em nada", declarou Marun, acrescentando que "se querem investigar, que investigue e chegarão a conclusão de que nada atinge a honra do presidente". O Palácio do Planalto, por sua vez, não quis comentar a decisão de Raquel Dodge que lembrava ainda em seu pedido que o delator apontou um jantar realizado no Palácio do Jaburu, com a participação de Michel Temer, em que teria sido discutida a divisão de valores destinados ao PMDB.
Em entrevista, Marun fez questão de lembrar que esse jantar citado, aconteceu antes mesmo da campanha, em 2014, quando Temer era vice-presidente da República. Em seguida, Marun salientou que tem "dificuldade em entender a lógica que baseia a tomada dessas decisões". Reiterou ainda que "o presidente só pode ser atingido por qualquer coisa que tenha acontecido no exercício do mandato".)