Um decreto do governo estadual vai acabar com o pagamento do Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (Tide) aos funcionários de carreira do Estado. O Decreto 166 - cuja data de publicação não foi informada ontem pelo Palácio Iguaçu - põe fim à gratificação paga aos servidores concursados que trabalham exclusivamente para o Estado e tem como objetivo cortar gastos e organizar a folha de pagamento do governo.
Outra determinação do governador Roberto Requião (PMDB), também com a meta de enxugar despesas com o funcionalismo, é impedir que servidores de carreira acumulem cargos comissionados, engordando assim seus contracheques.
O decreto cortando o Tide deve valer já a partir deste mês. Em alguns casos, o recebimento do Tide dobrava os vencimentos mensais. Já a proibição do acúmulo de funções pode ser colocada em prática assim que o processo de nomeações estiver concluído, o que é esperado para esta semana.
Durante o último ano do governo Jaime Lerner (PFL), o custo médio da folha do funcionalismo foi de R$ 251 milhões mensais. A Folha tentou obter o valor estimado para este mês junto ao Palácio, mas a Secretaria da Administração informou que só divulgará esses números quando estiver concluído o diagnóstico completo da pasta.