Política

Receita prepara 4ª força-tarefa para investigar auditores e empresas da Publicano

03 nov 2015 às 12:52

As empresas denunciadas pelo Ministério Público (MP) na Operação Publicano estão sendo "refiscalizadas" pela Receita Estadual. Suspeitas de pagar propina a auditores em troca do "perdão" de dívidas fiscais, as firmas estariam dificultando os trabalhos do órgão estadual. "Os empresários se negam a repassar documentos e não recebem os nossos funcionários", contou o corregedor da Receita, Roberto Tizon, em entrevista à rádio Paiquerê AM. O fato de o órgão contar com poucos auditores, já que muitos deles foram denunciados pela Publicano nos últimos meses, também prejudica a fiscalização. "A gente queria colocar 62 fiscais na força-tarefa, mas só podemos contar com 32. O número é insuficiente e faz com que o trabalho seja realizada de forma mais lenta", explicou.

As dificuldades enfrentadas e o grande número de empresas envolvidas nas irregularidades fizeram a Corregedoria da Receita começar a planejar a quarta força-tarefa para investigar e fiscalizar os empresários e auditores suspeitos. Na primeira etapa dos trabalhos, foram lavrados cerca de R$ 180 milhões em multas às empresas e abertos processos disciplinares contra 62 auditores, todos denunciados pela Operação Publicano I.


Nas segunda e terceira etapas da força-tarefa, cerca de 260 empresas estão sendo "refiscalizadas", conforme Tizon. Até agora, R$ 8 milhões em autos de infração já foram lavrados contra os empresários investigados. "Só vamos conseguir concluir a apuração de todos os fatos levantados pela Publicano com a abertura da quarta força-tarefa", admitiu.

A Receita tem nove meses para concluir cada força-tarefa. Ou seja, os trabalhos só serão concluídos no próximo ano. (com informações da rádio Paiquerê AM)


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