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Teve 31,2% dos votos

Quem é Cristina Graeml, candidata à Prefeitura de Curitiba que se apresenta como 'direita raiz'

Catarina Scortecci - folhapress
07 out 2024 às 15:11
- Giuliano Gomes/PR Press/Folhapress
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Estreante em eleições, filiada a um partido nanico e sem alianças, a apresentadora e comentarista política Cristina Graeml (PMB) chegou ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de Curitiba colada em Eduardo Pimentel (PSD), atual vice-prefeito, respaldado por uma coligação de oito partidos e apadrinhado por cabos eleitorais como o prefeito Rafael Greca (PSD) e o governador Ratinho Junior (PSD).

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Cristina obteve 31,2% dos votos, ante 33,5% de Pimentel, e mexeu no tabuleiro político da capital paranaense, que até o final de setembro não contava com o crescimento dela.

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Entenda

Quem não votou no primeiro turno das eleições pode votar no segundo?

Seu desempenho tirou do jogo o principal representante do campo da esquerda, o deputado federal Luciano Ducci (PSB), apoiado pelo PDT e PT, e também o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), que tinha Rosângela Moro (União Brasil) como candidata a vice-prefeita na chapa.

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Assim como Pimentel e Leprevost, Cristina se apresenta como um nome do campo da direita. Mas ela enfatiza que se trata da "verdadeira direita, a direita raiz, a voz dos conservadores".

Também tem dito ao longo da campanha que é ela quem de fato tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, embora o PL esteja formalmente coligado com Pimentel. Às vésperas das eleições, no sábado (5), chegou a publicar um vídeo com o ex-mandatário, em que ele diz torcer pela candidata.

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O vídeo circulou nas redes sociais, onde Cristina tem atuação ativa. Entre os dez candidatos que disputaram a prefeitura de Curitiba, ninguém tem mais seguidores do que ela, o que explicaria parte do seu desempenho nas urnas, mesmo sem ter tido direito a tempo de televisão para propaganda eleitoral no primeiro turno.

No Instagram, ela tem 641 mil seguidores, contra 69,4 mil de Pimentel.

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Cristina Reis Graeml tem 54 anos e é formada em jornalismo pela UFPR (Universidade Federal do Paraná). Construiu uma carreira de mais de 25 anos como repórter de televisão e se tornou um rosto conhecido na RPC-TV, emissora afiliada da TV Globo no Paraná.

Em 2018, já fora da televisão, começou a atuar na Gazeta do Povo, quase na mesma época em que o jornal curitibano ensaiava uma guinada conservadora.

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No jornal, Cristina ajudou a criar a editoria de vídeos e a apresentar programas ligados à cobertura política. Hoje, entre os colunistas do veículo, estão nomes como Rodrigo Constantino e Alexandre Garcia e políticos como Deltan Dallagnol (Novo) e Nikolas Ferreira (PL).

Ela se afastou do veículo no primeiro semestre por força da legislação eleitoral.

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Ainda na Gazeta, também atuou durante um período como comentarista na Jovem Pan, quando ficou ainda mais conhecida entre bolsonaristas, e ganhou seguidores de outros estados.

Cristina segue toda a cartilha bolsonarista -do antipetismo à defesa do voto impresso, da desconfiança da vacina contra Covid à bandeira do impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Para ela, Bolsonaro foi alvo de "massacre midiático".

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Nos atos da campanha, ela também exibe a bandeira do Brasil, e os discursos geralmente são acompanhados de frases como "defesa dos valores cristãos" e "direito à vida desde a concepção".

Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Cristina fala de "presos políticos". No vocabulário, também costuma repetir que é contra o que chama de "ideologia de gênero".

"A temática LGBT, essa construção mental que fazem na cabeça das nossas crianças, dizendo que menino não é menino e que menina não é menina, em vez de ensinar o conteúdo programático previsto na base nacional comum curricular, vai acabar. A gente vai tirar isso da sala de aula", disse durante debate na RPC-TV na quinta-feira (3).

Segundo ela, seu plano de governo foi feito por mais de 200 voluntários. "Nosso compromisso é com uma gestão pública austera, honesta e eficiente, que coloca o cidadão no centro de todas as decisões e ações", diz trecho.

Entre as propostas práticas na área educacional, estão "educação financeira desde os primeiros anos do ensino infantil" e "ensino de empreendedorismo". Também há "incentivo à prática cívica e valores", o que inclui "canto ordeiro dos hinos do Brasil, Paraná e Curitiba semanalmente e em todas as unidades escolares".

Com cerca de 60 páginas, o plano de governo prega uma "gestão disruptiva". Diz que não fará conchavos políticos e que sua equipe será formada por profissionais capacitados, "selecionados por mérito e competência, e não por alianças políticas".

No segundo turno, Cristina acredita que terá mais chance de mostrar suas propostas contra "o candidato do sistema".

"Só duas semanas atrás o eleitorado curitibano soube que eu era candidata de fato", criticou ela.

Sem dinheiro do fundo eleitoral, que ela chama de "escárnio com a população", Cristina contava para a campanha com uma receita de R$ 393.123,49 em doações até a manhã desta segunda-feira (7), conforme registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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