A um ano e meio das eleições municipais, os partidos locais começam a se estruturar para enfrentar a disputa, a exemplo de uma ala do PL que manifestou-se, sábado passado, favorável à candidatura do novo presidente do partido, o presidente da Câmara de Vereadores, vereador Orlando Bonilha, à prefeitura.
''Com o PT não é diferente'', garantiu ontem o prefeito Nedson Micheleti (PT), que apesar disto, fez questão de dizer que ''ainda é muito cedo para falar em reeleição''.
O prefeito não disse que sim mas também não negou que seja candidato a reeleição. Em dezembro Nedson disse a Folha que tentaria mais um mandato à frente da Prefeitura de Londrina.
Mas se não confirma sua candidatura, o prefeito nega que seu partido em Londrina esteja quieto e sem movimentação política.
''Estamos nos organizando'', disse Micheleti. Segundo ele, o PT local está promovendo novas filiações desde o início do ano.
De acordo com o presidente do diretório municipal, Jacks Dias, até esta segunda-feira tinham sido feitas 200 filiações novas.
Nedson relembrou o último encontro do partido em março, quando aproximadamente 300 lideranças fizeram uma avaliação da atuação do partido no Executivo e na Câmara de Vereadores.
Naquela oportunidade, os petistas discutiram a criação do calendário pré-eleitoral do PT para identificação das prioridades às eleições em 2004.
Quanto ao movimento pró-emancipação política do distrito rural de Lerroville, o prefeito foi enfático. ''Desconheço qualquer movimento neste sentido'', afirmou.
Segundo os produtores rurais de Lerroville, que foram até a prefeitura cobrar o asfaltamento da Estrada Apucaraninha (veja em Cidades), um grupo está promovendo reuniões periódicas, há cerca de três meses, para tratar do assunto.
Em relação às restrições feitas pelo presidente da Associação Brasileira dos Municípios (ABM), prefeito de Cambé (13 km a oeste de Londrina), José do Carmo (PTB), às reformas tributária e previdenciária, Nedson argumentou que ''o importante é enxergar, neste momento, a macro-estrutura e deixar os detalhes para serem discutidos e ajustados oportunamente'', reafirmando que ''o apoio ao Lula, agora, é fundamental''.