O vice-líder do PFL na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse nesta terça-feira que a bancada do partido considera positivas as alterações no texto da reforma da Previdência acertadas entre os líderes da base governista, mas que a manutenção da integralidade e da paridade para os atuais servidores "ainda é muito pouco".
Questões como assegurar a integralidade das aposentadorias e a paridade dos reajustes para os trabalhadores que ingressarem no serviço público após a aprovação da reforma podem até ser negociadas, mas evitar a taxação dos inativos é ponto de honra para os pefelistas.
"Nós temos o nosso ponto de vista. Nós queremos a integralidade com a paridade e podemos até discutir para os futuros [servidores]. Nós não concordamos com a taxação dos inativos, que é um confisco que o governo está propondo", afirmou Avelino.
Ele também criticou o fato de a negociação sobre a reforma com os governadores estar sendo centralizada pelo Palácio do Planalto. Para Avelino, "lugar de negociar é no Congresso".
"Os governadores ao meu ver estão até discutindo no fórum errado porque não é lá no Executivo que os governadores tinham que estar discutindo reforma. Ele tinha que negociar é aqui no Congresso", declarou.
Avelino participou de uma reunião da coordenação da bancada do PFL com o ministro da Previdência, Ricardo Berzoini. Também participaram líderes dos partidos da base, o relator da reforma, José Pimentel (PT-CE), e o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que tentaram, em vão, conquistar o apoio integral dos pefelistas.