Na eminência de ser expulso pelo PSDB, que fez uma reunião na noite de segunda-feira (6) para analisar o assunto, o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba, vereador João Claudio Derosso (PSDB), entregou seu pedido de desfiliação.
O pedido foi feito por meio de uma carta de próprio punho entregue por um dos funcionários de Derosso na Câmara ao presidente em exercício do partido, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni.
Todos os presentes aceitaram o pedido de desfiliação, sendo desnecessário haver votação sobre o pedido de expulsão, que tinha sido encaminhado pelo deputado federal Fernando Franscischini.
Com o pedido de desfiliação, Derosso garante o direito de permanecer no cargo de vereador até o final do mandato. Mas, sem partido, ele perde o direito de concorrer à reeleição, já que a legislação eleitoral determina que o candidato deve estar filiado a um partido há pelo menos um ano antes do pleito.
Na segunda-feira de manhã, em entrevista à imprensa, Derosso não adiantou o que faria diante da reunião do PSDB. Ele chegou a afirmar, na ocasião, que sairia candidato em 2012 e seria o vereador mais votado de Curitiba.
Derosso é acusado de uma série de irregularidades em contratos de publicidade da Câmara, assinados quando estava na presidência. Investigação do Tribunal de Contas revelou gastos de mais de R$ 30 milhões com publicidade entre 2006 e 2011. Entre as empresas contratadas estavam a Oficina da Notícia, de propriedade da jornalista Cláudia Queiroz, esposa do vereador. Ele também responde processo pela contratação de funcionários "fantasmas", de acordo com denúncia do Ministério Público do Paraná.