Política

Padre quer administrar Mariluz de dentro da prisão

24 mai 2001 às 21:15

O prefeito de Mariluz (35 quilômetros a sudoeste de Umuarama), padre licenciado Adelino Gonçalves (PMDB), deve ser transferido nesta sexta-feira para Cruzeiro do Oeste. Ele está preso desde março no Batalhão da Guarda da Polícia Militar, em Curitiba. Gonçalves é acusado de ser o mandante de dois homicídios: o assassinato de seu vice-prefeito, Aires Domingues (PPS), e do presidente do diretório do PPS em Mariluz, Carlos Alberto de Carvalho.

A transferência foi autorizada pelo juiz convocado da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, Jonny de Jesus Campos Marques, atendendo à solicitação dos advogados Cláudio Dalledone Júnior e Guilherme Lewin, que cuidam da defesa de Gonçalves. Na sentença do Tribunal de Justiça, o juiz determina que o prefeito, que tem direito a foro especial, fique detido no quartel da Polícia Militar de Cruzeiro do Oeste.


Na petição ao TJ os advogados do prefeito também solicitam que Gonçalves possa exercer seu mandato e cuidar da administração municipal mesmo estando detido em Cruzeiro do Oeste, distante 40 quilômetros de Mariluz. Em seu parecer, o juiz Campos Marques determinou que a autorização para "o desenvolvimento de sua atividade de prefeito municipal do local onde se achar recolhido" deve ser analisada pelo Ministério Público.


O procurador da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público Munir Gazal disse que ainda não foi comunicado oficialmente sobre a decisão do Tribunal de Justiça. Para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não há impedimento legal para que o prefeito exerça suas atividades de dentro da cadeia. O TRE diz que o padre Adelino Gonçalves ainda é formalmente o prefeito de Mariluz porque não foi julgado e condenado.

Leia mais na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira


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