O futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta segunda-feira, 19, que o nome do futuro diretor-geral da Polícia Federal pode ser anunciado ainda nesta semana. Cumprindo agenda de reuniões internas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Moro confirmou que trouxe para o gabinete de transição dois nomes ligados à Operação Lava Jato, Rosalvo Ferreira Franco e Erika Marena. Eles almoçaram no restaurante que fica no CCBB.
O principal nome cotado para assumir a função de diretor-geral é Maurício Valeixo, superintendente da Polícia Federal no Paraná e amigo de longa data do futuro ministro. Ele já atuou em Brasília na gestão do ex-diretor-geral Leandro Daiello, quando chefiou a Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor).
O antecessor de Valeixo no cargo de Superintendente da PF no Paraná, Rosalvo Ferreira Franco, por estar na transição, também passa a ser um nome cotado como possível integrante do grupo do futuro ministro. Rosalvo ocupou por quatro anos e oito meses a Superintendência da PF no Paraná, durante o início e a consolidação da Operação Lava Jato, até dezembro passado, quando assumiu Mauricio Valeixo.
Além de Rosalvo, também integra o gabinete de transição a delegada da PF Erika Marena, Superintendente do órgão em Sergipe. Ela é um dos nomes que devem trabalhar com Moro no Ministério. Rosalvo e Marena almoçaram com Moro, acompanhados também de Flavia Blanco, que deve ser chefe de gabinete de Moro, e do agente da Polícia Federal Marcos Koren, que está supervisionando a segurança do futuro ministro nas viagens à capital federal.
Exonerado do cargo de juiz federal na semana passada, Moro chegou a Brasília na manhã desta segunda e tem reuniões ao longo do dia no CCBB, em Brasília, onde funciona o gabinete de transição do governo.
Em breve conversa com jornalistas após almoçar no CCBB, Moro disse que está cuidando de formação de ministério e de organograma de atividades na transição e disse que "talvez" o nome a ser indicado para a diretoria-geral da PF saia esta semana.
O delegado da PF Igor Romário de Paula, um dos nomes da Lava Jato no Paraná, é cotado como possível chefe da Dicor na próxima gestão.
O atual diretor-geral, Rogerio Galloro, não deverá permanecer no posto. "No momento certo os anúncios públicos serão feitos", disse Moro.
Moro chegou a Brasília por volta das 10h30 e deve ficar até quinta-feira. Entre as atividades em Brasília, Moro poderá ter novo encontro com os ministros das pastas que, fundidas, irá comandar: o da Justiça, Torquato Jardim, e o da Segurança Pública, Raul Jungmann.