Empresas que prestam serviços de manutenção - basicamente limpeza e vigilância - para o governo do Estado vão receber atrasado. Esse é um dos reflexos, na prática, da suspensão de pagamentos, moratória por 90 dias decretada pelo governador Roberto Requião (PMDB) no dia 6 de janeiro.
De acordo com a Secretaria de Estado da Administração, as prestadoras de serviços continuam executando os serviços normalmente, apesar de saberem que receberão somente ao final da moratória, no início de abril.
Além desses pagamentos, a moratória tem impacto em todas as secretarias, que engessa a rotina. Boa parte dos produtos e serviços não está sendo comprada - nem paga - porque a relação custo-benefício de todos os contratos está sendo revista. Alguns contratos serão mantidos e outros podem ser cancelados. As terceirizações também estão na mira do governo, que pode cancelar vários contratos. A moratória não incluiu diversos itens do custeio da máquina.
Apesar das restrições, o governo está atendendo às necessidades operacionais das pastas. Requião tem concedido autorizações específicas para cada caso, depois de analisar o montante e o objetivo dos gastos. Cada secretário prepara requisições de despesas e as apresenta ao governador.
A compra de combustível para as secretarias também está sendo autorizada por Requião. Compras menores, como cartuchos para impressoras por exemplo, precisam esperar mais um pouco.