Política

Lula voltará a defender na ONU criação de fundo mundial

04 set 2003 às 18:39

No discurso de abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, no dia 23 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a defender a criação de um fundo mundial de combate à fome.

A idéia foi lançada por Lula no início deste ano durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e também na reunião do G-8, em Evian, na França, mas ainda não foi colocada em prática. O presidente quer sensibilizar os países desenvolvidos para que viabilizem a iniciativa, que beneficiaria, diretamente, as nações mais pobres, que sofrem com a fome e a miséria.


O presidente afirmou hoje, no Palácio do Planalto, durante encontro com frades da Ordem dos Menores Conventuais, que no discurso vai pedir também o apoio de religiosos de todo o mundo para que se engajem na campanha de combate à fome no mundo.


"Ele quer convidar as lideranças religiosas do mundo a trabalhar para vencer a fome, no sentido de um Fome Zero em nível mundial. Ele disse que não é somente uma questão política, mas que deve nascer do coração das pessoas. Por isso, a contribuição dos religiosos para esta missão é necessária", afirmou frei João Benedito Ferreira de Araújo, de Brasília.


Os frades estão reunidos na capital federal em um Congresso que reúne representantes da Ordem de todos os continentes. Eles vieram ao Palácio do Planalto conhecer pessoalmente o presidente Lula e elogiar sua determinação no combate à miséria. "Ele disse que a principal questão a ser resolvida no país é a fome, porque, quando a pessoa é alimentada, as outras coisas vêm por conseqüência", disse o frei.


Muito à vontade, Lula aproveitou para ser abençoado pelo ministro-geral da Ordem dos Frades Menores Conventuais, frei Joachim Giermek. Lula também recebeu de presente uma Cruz de São Damião, que simboliza, na linguagem dos católicos, a reconstrução da Igreja. "Pensamos também que o presidente Lula vai contribuir na construção do Brasil e na mudança do governo no serviço do povo", disse frei João Benedito.

Informações Agência Brasil


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