Nos últimos 20 anos, o Partido dos Trabalhadores nunca registrou favoritismo nas eleições presidenciais em Londrina. Mesmo a cidade já tendo eleito dois prefeitos, Luiz Eduardo Cheida (1993-1996) e Nedson Micheletti (2000-2008), se dependesse dos eleitores do município o país jamais teria escolhido um presidente petista. Neste sábado (19), ao lado do ex-governador Roberto Requião (PT), o ex-presidente da República e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva tenta diminuir essa rejeição e volta a pisar solo em londrinense para um encontro com a militância. O evento será no distrito de Lerroville, no assentamento Eli Vive, considerada a maior área fruto de reforma agrária presente em região metropolitana do país.
O encontro ocorre um dia após a filiação do ex-governador Roberto Requião ao PT - o ex-emedebista será o pré-candidato ao Palácio Iguaçu. A campanha dele também servirá de palanque para Lula em todo estado do Paraná. Batizado de “Jornada de Solidariedade: Rumo aos Comitês Populares”, o ato também será de agradecimento aos militantes que fizeram parte da vigília Lula Livre em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba no período em que o ex-presidente esteve preso por conta da condenação pela Lava Jato, que foi anulada no STF no ano passado.
"A militância ficou junto com Lula os 581 dias até quando ele justamente conquistou sua liberdade. Vai ser um encontro do presidente Lula com toda militância do MST do Paraná e do Brasil, toda a militância política e social que passou pela vigília. Além de também ser um encontro de lideranças partidárias. Então o ato tem esse conteúdo político de alcance além do MST.", explicou o coordenador estadual do MST (Movimento Sem Terra), José Damasceno.
Para a vereadora de Londrina Lenir de Assis, a única do PT na Câmara, a agenda do ex-presidente Lula é aguardada há muito tempo não só pela militância do MST, como por lideranças políticas, sindicais, movimentos populares e sociais. "A expectativa é grande, especialmente porque escolheu estar entre trabalhadores do campo que produzem alimentos saudáveis. O assentamento Eli Vive é fruto da reforma agrária, que deu certo. Um encontro com o MST é também uma oportunidade de reunir no mesmo espaço a militância do Partido dos Trabalhadores e outras siglas, e toda uma população que aposta num projeto de país onde as pessoas tenham seus direitos respeitados, emprego, comida, dignidade e oportunidades".
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