O presidente Lula (PT) criticou, nesta quarta-feira (20), a possibilidade de o ex-jogador Daniel Alves obter liberdade condicional mediante pagamento de fiança.
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Ao lado da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, Lula disse que a máxima vigente no passado, no Nordeste, ainda vigora.
"Estamos sabendo agora que o Daniel Alves pode ser libertado se pagar alguma coisa", afirmou.
E acrescentou: "Apreendi lá em Pernambuco que as pessoas diziam 'aqui no Nordeste quem tem 20 contos de réis' não é preso. Essa máxima continua".
Nesse momento, Janja cochichou no ouvido do marido que isso é crime. Lula repetiu: "Isso é crime. O dinheiro que o Daniel Alves tem, o dinheiro que alguém possa ter, não pode comprar a dignidade da ofensa que um homem faz a uma mulher praticando estupro", afirmou.
O ex-jogador brasileiro, condenado a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma jovem de 23 anos em uma boate em Barcelona, poderá ser libertado provisoriamente se pagar fiança de 1 milhão de euros, equivalente a R$ 5,5 milhões.
Por 2 votos a 1, o Tribunal de Barcelona concordou parcialmente com o pedido da defesa de Alves para libertá-lo, enquanto se aguarda a sentença final. A notificação foi dada pouco antes das 12h (8h no Brasil).
Lula também voltou a chamar de genocídio a ação do governo de Israel na Faixa de Gaza.
Ele afirmou que, da mesma forma que se condena atos terroristas do Hamas, "não é possível estarmos assistindo a uma carnificina noite e dia". "Cadê a ONU?", perguntou.
O presidente participou de jantar em comemoração dos 44 anos do PT, completados em fevereiro.
Segundo petistas, Janja colaborou na organização do evento, tendo ainda sugerido a atração do jantar, a cantora Tereza Cristina.
Ministros e parlamentares do partido estiveram no centro de convenções, em Brasília. Os convites foram vendidos por R$ 350, R$ 5 mil e R$ 20 mil.
No evento, foi lançado o movimento "Em cada canto, um Brasil mais feliz" com objetivo de construção de uma plataforma para as eleições municipais.