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Em evento na Bahia

Lula chama de 'sacanagem' modelo de privatização da Eletrobras

Folhapress
11 mai 2023 às 16:12

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- Reprodução/Facebook
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (11), a privatização da Eletrobras e disse que os Correios e a Petrobras não serão privatizados. As declarações foram proferidas durante evento em Salvador, na Bahia.


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"A Eletrobras foi privatizada, me parece que por R$ 36 bilhões. Para que o governante queria o dinheiro? Para pagar juro da dívida interna dele. Hoje, não temos [a] estatal e ainda estamos devendo muito", disse.

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Lula defendeu ainda a ação da Advocacia-Geral da União, que foi ao Supremo Tribunal Federal questionar pontos da privatização. O relator do caso, ministro Nunes Marques, ainda não tomou decisão sobre o assunto.

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"Agora veja a sacanagem. (...) O governo tem 43% das ações da Petrobras [Eletrobras], mas no conselho só tem direito a 1 voto. Os nossos quarenta [por cento] só vale 1 [voto]. Quem tem 3% tem o mesmo direito do governo. Entramos na Justiça para que o governo tenha a quantidade de votos para a quantidade de ações que ele tem", afirmou o presidente.


"Se o governo quiser comprar de volta a Eletrobras e tiver um cara qualquer que ofereça R$ 30 bilhões, o governo tem que pagar três vezes a oferta que foi feita pelo setor privado. Ou seja, é a sacanagem para tentar evitar que o governo possa ser responsável pela energia que o povo tanto precisa."

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O presidente também disse que o governo não vai "vender" mais ativos da Petrobras nem dos Correios.

"Não vamos vender mais nada da Petrobras, os Correios não serão vendidos. Vamos tentar fazer com que a Petrobras possa ter a gasolina mais barata, o óleo diesel mais barato."

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Em 2022, os Correios tiveram um prejuízo de R$ 809 milhões. Em abril, a diretoria informou que o lucro acumulado em anos anteriores será suficiente para manter as contas no azul.


Em abril, Lula editou um decreto retirando os Correios e a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) do programa de desestatização, lá incluídos pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

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Após ser eleito, Lula já havia afirmado em discurso que as privatizações iriam acabar no país. O anúncio provocou reação no mercado financeiro na ocasião.


O presidente foi a Salvador para participar de um ato conjunto com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), para lançamento do Brasil Participativo, plataforma digital que permitirá a participação da população nas decisões sobre como devem ser investidos os recursos federais. O evento também marcou a abertura do Plano Plurianual Participativo.

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O ato teve participação de centenas de pessoas, dentre sindicalistas, ativistas de movimentos sociais, prefeitos e deputados.


Lula ainda participa nesta quinta-feira em Salvador de um ato na Concha Acústica do Teatro Castro Alves que vai formalizar a regulamentação da Lei Paulo Gustavo. Nesta quarta-feira (10), a ministra da Cultura Margareth Menezes anunciou a liberação de R$ 3,86 bilhões por meio da lei.


O texto da Lei Paulo Gustavo, que foi sancionado em dezembro de 2022 ainda no governo Bolsonaro, prevê repasses para estados, municípios ajudarem o setor cultural a se recuperar da crise causada pela pandemia da Covid-19, que suspendeu a maioria dos espetáculos presenciais.


A ideia é que o dinheiro ao chegue a os 26 estados, Distrito Federal, além de todos os 5.570 municípios brasileiros. Do total de recursos disponibilizados, R$ 2 bilhões serão destinados aos estados e R$ 1,8 bilhão aos municípios.

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