Os vereadores que compõem a CEI da Educação foram até a Secretaria de Gestão Pública, acompanhados de peritos do Instituto de Criminalística de Londrina, para o recolhimento de amostras dos livros molhados da polêmica coleção "Vivenciando a Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Os integrantes do Legislativo ainda visitaram o barração do IBC e a Super Creche.
Segundo o presidente da CEI, Rony Alves (PTB), a Polícia Científica vai verificar se existe a possibilidade de analisar o material seis meses após o incidente. Se a resposta for positiva, os peritos vão avaliar como os materiais foram molhados e se água foi provenientes da forte tempestade em outubro do ano passado.
Os 13,5 mil livros – metade danificados pela água – estão armazenados na Secretaria de Gestão Pública, enquanto a prefeitura tenta reaver o dinheiro investido, R$ 621 mil, na coleção da Editora Ética, da Bahia, que foi contestado em Londrina por causa do conteúdo racista.
Os vereadores e peritos também visitaram a Super Creche, local que abrigava os livros em outubro. "Se houve entrada de água foi pelas calhas do telhado. Segundo a perícia, não houve desabamento ou queda da estrutura", revelou Alves. "Mas, é necessário lembrar que o volume da chuva foi acima da média. A Polícia Científica ainda vai avaliar de maneira mais apurada a situação", ponderou o vereador.
Questionado sobre os uniformes da compra por "carona" na licitação de São Bernardo do Campo (SP), o vereador respondeu que nenhuma peça foi encontrado os locais visitados. No entanto, ele garantiu que a CEI vai continuar investigando se todos os uniformes adquiridos, cerca de 34 mil, foram distribuídos aos alunos da rede municipal de ensino.