Muitos londrinenses costumam aproveitar a manhã de domingo para tomar uma cerveja, comer um salgado e colocar o papo em dia no Mercado Municipal Shangri-lá, na zona oeste de Londrina. Neste domingo (27) não foi diferente, já que alguns saíram direto das suas seções eleitorais para aproveitar o restante do dia.
Apesar de ser o segundo turno das eleições, momento em que o novo prefeito ou prefeita de Londrina vai ser conhecido, o assunto não é muito comentado entre clientes e comerciantes. A empresária Cristina Carvalho, 60, afirma que apenas uma cliente falou sobre o assunto, mas sem muita empolgação, justificando que pode ser pelo fato de não serem os candidatos que gostariam. Ela compartilha do sentimento, mas garante que é contra votar em branco, então fez a opção por um dos dois nomes. "A gente deseja que quem ganhar faça um bom governo porque passa a ser o nosso prefeito ou a nossa prefeita", afirma.
Para ela, quem assumir o cargo precisa cuidar das pessoas e de todos os segmentos da sociedade. "Que parem de fazer conchavos e que olhem para a população", cobra, complementando que há muitos anos os políticos trabalham apenas em prol dos próprios benefícios.
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A produtora de eventos Ana Carolina Martini, 36, ainda não tinha ido votar até o final da manhã deste domingo. Para ela, é necessário haver uma mudança, principalmente na saúde e educação que, segundo ela, estão péssimos. Sobre o clima, ela garante que parece um dia comum, já que eleição não é um assunto que vem estando na ‘boca do povo’. “As pessoas estão meio acomodadas, parece que não estão ligando muito”, opina.
“A vida está normal, não parece um dia de eleição”, aponta o empresário Agostinho de Rezende, 63. Para ele, o posicionamento político de cada um dos eleitores já está definido, então a discussão acaba sendo desnecessária: “vamos conviver com as diferenças”, afirma. Em relação ao novo prefeito, o empresário destaca a necessidade de olhar para uma cidade inteligente, humana e sustentável. “Londrina tem que rever suas perspectivas de planejamento”, aponta.
A estudante Maria Luiza Buccioli, 20, garante que o movimento está mais baixo do que o habitual no mercado e que o assunto não está sendo discutido entre os clientes, principalmente por ser algo particular de cada um.
A comerciante no Mercado Shangri-lá, Sandra de Souza Shiroma, 58, notou que muitos dos seus clientes já chegaram perguntando sobre a eleição e dizendo qual candidato é melhor. “Ninguém está escondendo nada”, comenta. Sobre as necessidades de Londrina, ela reforça que o novo prefeito ou prefeita precisa trazer cada vez mais indústrias para a cidade, contribuindo para geração de postos de trabalho.