O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), anunciou há pouco a intenção de que os próprios líderes e vice-líderes do partido ocupem as vagas as seis vagas a que PSDB tem direito na comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"São seis vagas e existe um acordo entre os líderes [do PSDB] para que os próprios líderes integrem a comissão processante, uma vez que boa parte deles estiveram à frente desse processo de impeachment conta a presidente Dilma Rousseff", disse Sampaio, após participar de reunião convocada presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com todos os líderes partidários da Casa, para definir os ritos do processo.
"Todos os líderes partidários terão até às 14 horas da próxima segunda-feira (7) para indicar nomes para a comissão. Às 18 horas haverá a sessão extraordinária da Câmara para votar a comissão. Depois disso, a própria comissão especial se reunirá e terá de escolher, em votação secreta, o presidente e o relator", acrescentou Sampaio.
A comissão especial será composta por 65 membros e os integrantes de cada partido serão indicados respeitando os princípios da proporcionalidade partidária.
Convocação do Congresso
Sampaio comentou ainda sobre a possibilidade de haver uma convocação específica do Congresso apenas para que a comissão especial do impeachment continue funcionando durante o recesso parlamentar. "Pode ser que se decida pelo fim do recesso para um fim específico, ou seja, especificamente para que o processo de impeachment continue, caso contrário, qualquer medida provisória seria votada", disse.
Caso o Congresso Nacional seja convocado durante o período do recesso, a contagem de prazo não será interrompida, valendo, por exemplo, para análise de medidas provisórias.