O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), publicou nesta sexta-feira (13) decreto que corrige os salários dos servidores ativos e inativos, dos secretários e cargos comissionados, do vice-prefeito e o seu próprio em 7,1256%, índice da inflação apurado com base no INPC no período entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2015.
O mesmo decreto também corrige todas as gratificações concedidas a servidores. "É uma reivindicação que estava na nossa pauta do ano passado e é a primeira vez que isso acontece", disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv), Marcelo Urbaneja. "Essas gratificações estavam defasadas desde que foram criadas, o que desestimulava o servidor a aceitar cargos com mais responsabilidade."
A administração também concedeu aumento real de 20% no valor do vale alimentação, que chegou a R$ 340 para os servidores com os menores salários (até R$ 1,6 mil) e a R$ 120, para quem ganha acima de R$ 4,5 mil. Há outras duas faixas de benefício intermediárias, conforme o salário.
De acordo com o sindicalista, outros itens da pauta do ano passado – como a reposição de perdas salariais acumuladas durante o governo de Nedson Micheleti (PT) para servidores de nível superior, estimadas em 28% - serão negociados ao final do primeiro trimestre. "O prefeito nos pediu um tempo, até o final de março, para analisar o cenário estadual e nacional. Aí, voltaremos a mais uma rodada de negociações. Achamos um pedido razoável", comentou Urbaneja.
As perdas salariais dos agentes de gestão (funcionários em funções que exigem o ensino fundamental) já foram zeradas. Os técnicos de gestão (servidores com ensino médio) recebem, em fevereiro, a última parcela para a recomposição total dos salários.
Com o reajuste inflacionário, o salário de Kireeff passa de R$ 13,8 mil para R$ 14.853,26 e o do vice, Guto Belusci, de R$ 5,2 mil para R$ 5.569,97. Em razão do aumento dos vencimentos do prefeito, cerca de 130 servidores ativos e inativos do município e 26 da Câmara terão seus salários aumentados. Hoje eles não recebem o valor integral devido à limitação constitucional de que nenhum servidor pode ganhar mais do que o chefe do Executivo. O reajuste vale a partir de fevereiro, data-base do funcionalismo.