Política

Fórum inicia vigília na casa de deputados

24 jul 2001 às 08:40

O Fórum Popular Contra a Venda da Copel inicia amanhã, em Londrina, uma vigília nas portas das casas de deputados favoráveis à privatização da estatal com base eleitoral no Interior do Estado. O objetivo é pressionar esses parlamentares governistas a mudar de posição e votar a favor do projeto de lei de iniciativa popular que impede a venda da empresa.

Até ontem, o fórum, que reúne cerca de 400 entidades, já havia definido as duas primeiras etapas da caravana - pelas regiões Norte, Noroeste e Oeste. Segundo Esmael Morais, um dos coordenadores do fórum, as vigílias contarão com velas acesas e carros de som. "Nas bases dos deputados, os eleitores podem exercer uma pressão maior sobre eles", disse Morais.


De acordo com o coordenador, o objetivo é estender a caravana para todos os municípios do Estado onde morem deputados favoráveis à venda da Copel. Em Londrina, serão visitadas as residências de Moysés Leônidas (PSB) e Antonio Carlos Belinati (PSL). Na quinta-feira, os alvos serão Miltinho Puppio (PSC), que mora em Jandaia do Sul (18 quilômetros a oeste de Apucarana) e três deputados maringaenses: Ricardo Maia (PSB), Serafina Carrilho (PL) e Divanir Braz Palma (PST).


Na sexta-feira, serão realizadas vigílias nas casas de Edno Guimarães (PSL), em Cianorte (80 quilômetros a leste de Umuarama); Nelson Garcia (PFL), em Umuarama; e Nelson Turek (PFL), em Campo Mourão.


O fórum já escolheu os alvos no Oeste do Estado, na próxima semana, mas ainda não definiu as datas. Nessa região, serão visitadas as residências de Tiago de Amorim Novaes (PTB), em Cascavel; Chico Noroeste (PFL), em Foz do Iguaçu; Duílio Genari (PPB), em Toledo; e Elio Rusch (PFL), em Marechal Cândido Rondon (90 quilômetros a oeste de Cascavel).

Primeiro alvo do grupo, Moysés Leônidas preferiu a ironia. "Torço para que não faça muito frio e vou recebê-los muito bem", afirmou ontem o deputado londrinense. Ele, que garantiu ainda não ter definido seu voto, disse considerar o movimento "democrático", mas sem a capacidade de alterar a convicção dos deputados.


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