A quebra do sigilo bancário de Paulo e do filho Flávio Maluf revela que foram depositados US$ 500 mil na conta da sogra de Flávio, Maria Aparecida Feitosa Coutinho Torres, no Safra National Bank de Nova York (EUA).
O dinheiro depositado no exterior, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, tem como origem o suposto desvio de verba de obras públicas durante a gestão de Maluf na prefeitura de São Paulo, entre 1993 e 1996. Nesta quarta-feira (21) os Maluf devem prestar depoimento, às 14h30, na Justiça Federal de São Paulo.
O doleiro Vivaldo Alves, conhecido como Birigüi, confirmou a movimentação internacional. Em depoimento gravado ao Ministério Público, o doleiro disse que a transferência foi uma ordem de Flávio.
Pai e filho estão presos desde o dia 10 de setembro na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Eles são acusados de quatro crimes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Maluf e o filho foram flagrados em escutas telefônicas tentando impedir o depoimento do doleiro Vivaldo Alves à Polícia Federal.
Birigui, que também é réu no processo criminal, acusado também pelos quatro crimes, confessou ter movimentado aproximadamente US$ 161 milhões do ex-prefeito no exterior, recebeu diversos telefonemas de Flávio. Pelas conversas gravadas, a juíza federal entendeu que os Maluf tentaram convencer o doleiro a não depor na Polícia Federal.
A prisão de ambos foi decretada porque a Justiça entendeu que em liberdade os Maluf poderiam atrapalhar o período de instrução penal, quando são ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa. A soma das penas mínimas dos crimes dos quais estão sendo acusados é de oito anos.
Fonte: Terra e Folha Online