As Forças Armadas cancelaram o desfile do feriado da Independência neste ano e no passado, devido à pandemia. O evento desta manhã substituiu a solenidade militar.
Bolsonaro foi recebido aos gritos de "mito" por seus apoiadores no local. Antes do evento, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e alguns ministros também foram ovacionados pela plateia de algumas centenas de bolsonaristas.
Ao menos dez ministros participaram ao lado de Bolsonaro: Anderson Torres (Justiça), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (GSI), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), João Roma (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e parlamentares como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e Hélio Lopes (PSL-RJ) também compareceram.
Bolsonaro quer usar a data também para mostrar a unidade de seu gabinete. Antes do evento militar, houve café da manhã no Palácio do Alvorada.
A cerimônia conta com a ida de 18 paraquedistas ao Palácio da Alvorada, seguido da entrega da bandeira a Bolsonaro por um deles. Depois do hino nacional, houve uma salva de 21 tiros de canhão. Ao final da cerimônia, a Esquadrilha da Fumaça fez uma apresentação.
Manifestações
O público está concentrado na barreira montada pela segurança em frente ao Congresso. Há dezenas de caminhões e carros estacionados em frente aos ministérios e a poucos metros do Congresso, apesar de as avenidas da Esplanada estarem fechadas. Na madrugada, manifestantes furaram o bloqueio da polícia e ocuparam a Esplanada.
Há também automóveis e concentração de manifestantes em frente ao Itamaraty. Eles tentam forçar a passagem pelo bloqueio da polícia, no caminho que leva ao Supremo. Grupos também acampam em frente aos ministérios. Uma faixa em frente as barracas paradas no jardim do Ministério da Agricultura pede impeachment dos ministros do STF e voto impresso.
Policiais chegaram a dispersar os manifestantes neste ponto com gás pimenta, por volta de 7h30, segundo policiais que acompanharam a ação. A polícia acompanha a entrada dos manifestantes em alguns pontos da Esplanada e retira cabos de bandeira, entre outros objetos proibidos.
Mas há lacunas. A reportagem da Folha de S.Paulo entrou na avenida sem ser revistada. Em frente ao Congresso, manifestantes também carregam bandeiras com cabos de madeira.