Política

Com menor visibilidade, veteranos ficam fora da Câmara de Londrina

14 out 2024 às 09:15

A renovação da CML (Câmara Municipal de Londrina) ficou em 42% neste ano, com muitos políticos estreantes ocupando as 19 cadeiras do Legislativo londrinense. 


Com isso, valeu a máxima de que o eleitor buscava algo “novo”, deixando de lado nomes que já atuaram e tiveram relevância na política local no passado. Alguns veteranos políticos que tentaram voltar ao Legislativo ficaram pelo caminho.


Entre quem passou pela Câmara nas últimas legislaturas, Jamil Janene (PP) teve o melhor desempenho, conquistando 2.501 votos e ficando como suplente. 


O mesmo vale para Péricles Deliberador (PSD), que foi superintendente da Acesf (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários) na gestão Marcelo Belinati (PP) e fez 2.118 votos. Ex-vereadora e ex-deputada estadual, Elza Correia (Cidadania) foi escolhida por 1.787 eleitores, mas seu partido não atingiu o quociente eleitoral e ficou sem a vaga. 


Também ficaram de fora os ex-vereadores Amauri Cardoso (MDB), com 1.533 votos, e José Roque Neto, o Padre Roque (PRD), que fez apenas 516 votos - em 2009, ele chegou a assumir interinamente a Prefeitura de Londrina após a impugnação da candidatura do prefeito eleito Antônio Belinati.


“Na minha avaliação, o distanciamento temporário desses candidatos para com as atividades públicas e a ausência de exposição na mídia possibilitaram que outros atores políticos ocupassem os espaços por eles antes ocupados, como os mesmos redutos e bandeiras eleitorais”, afirma o advogado e cientista político Marcelos Fagundes Curti.


O especialista também lembra que as “demandas sociais de hoje não são exatamente iguais às demandas do passado”.


“Os novos atores políticos acabaram percebendo as novas demandas da sociedade e, por isso, tiveram mais êxito nessas eleições. Cito, a título de exemplo, o excepcional desempenho eleitoral do candidato Deivid Wisley, que conseguiu obter 16.212 votos e que adotou a causa animal como sua bandeira eleitoral”, completa.


A visibilidade e o momento político também são citados pelo analista político e professor Elve Cenci. “Quem detém mandato consegue manter-se visível. Se ficar acomodado, mesmo com mandato, acaba pagando o preço político da inércia. Não estou entrando no mérito da qualidade da atuação parlamentar”, afirma Cenci, que aponta que a militância - como a causa animal e a liderança de bairros - contribui para essa visibilidade.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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