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A comissão interna da UEL para averiguar as denúncias contra Itaicy Mendonça, chefe de gabinete de Jackson Proença Testa, vai ouvir nesta segunda à tarde o apresentador de TV Márcio Mello. A comissão, indicada pelo próprio Testa, é composta pelos servidores Anísio Ribas Bueno Neto (presidente), Antonio Benedito Guirro (secretário), Aristeu Carvalho e Mauro Ticianelli.
A acusação contra Itaicy partiu de um depoimento de Mello ao Ministério Público (MP) de Maringá. Ele revelou que o chefe de gabinete de Testa teria recebido, no início de 1997, R$ 8 mil do ex-deputado federal Benedito Pinga-Fogo de Oliveira. O valor corresponderia ao estorno de uma publicitária do vestibular de verão, cujo anúncio foi veiculado na rádio Nova Ingá, de propriedade de Pinga-Fogo.
A divulgação do depoimento levou ao MP de Londrina abrir uma investigação para apurar o fato - o apresentador já foi ouvido na última sexta-feira pelo promotor Bruno Galatti e confirmou as acusações. Itaicy acabou pedindo afastamento do cargo.
No depoimento a Galatti, Mello disse que os R$ 8 mil foram pagos a Itaicy com um cheque de sua conta bancária pessoal. Na época, ele era sub-gerente da rádio Nova Ingá. Como Pinga-Fogo não "cobriu" o valor, o cheque acabou sendo devolvido duas vezes. Por isso, Itaicy teria ido pessoamente a Maringá pegar o valor em espécie.
Além do caso envolvendo a UEL, o apresentador forneceu detalhes de um suposto esquema de corrupção do ex-prefeito de Maringá Jairo Gianotto (sem partido) com órgãos de imprensa de Maringá. Mello acusou Gianotto de pagar a Pinga-Fogo, irregularmente, R$ 15 mil por mês por meio de um caixa 2 da assessoria de imprensa da prefeitura.
*Leia mais em reportagem de Lúcio Horta na Folha de Londrina / Folha do Paraná desta segunda