Política

Candidatos usam apelidos para ganhar eleitores no PR

14 ago 2002 às 17:40

Conseguir uma das 30 vagas existentes para a função de deputado federal ou uma das 54 vagas de deputado estadual exige dos candidatos empenho na campanha, boas propostas e condições financeiras para bancar a disputa. Mas tem candidato que está apostando em mais um quesito: a criatividade. Eles registraram no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) apelidos curiosos, que certamente vão ficar marcados na cabeça do eleitor. Ou alguém duvida que o candidato Liguiça do Circo passará despercebido pelo horário eleitoral, ainda que tenha apenas dois ou três segundos para aparecer na tevê?

Para os insatisfeitos com a vida, especialmente com a interferência do Fundo Monetário Internacional (FMI) na economia brasileira, existe a opção de votar em Osama Bin Ladem, o terrorista que ameaçou a maior economia mundial, os Estados Unidos. Já os amantes da natureza podem escolher entre o Grilo e o Tigrão. E as opções não acabam aí. Há ainda o Baixinho da Motoca e o Clovinho da Pizzaria.


Linguiça do Circo é na verdade o candidato curitibano do PTB a deputado estadual João Flausino Dias. Ele diz que não escolheu o apelido. "Já nasci com ele", conta o candidato que nasceu numa família circense. Sua principal proposta é formular um projeto que institua o Circo-Escola, que percorreria todo o Estado chamando crianças de rua a aprender técnicas circenses, que seriam mescladas com cursos profissionalizantes.


O município de Cianorte lançou o candidato Tigrão (PDT), que concorre a uma vaga na Câmara Federal. Moisés de Camargo conta que já foi eleito três vezes vereador e uma vez suplente de deputado utilizando o apelido, por isso o registrou no TRE. "Meu pai era moreno e tinha os olhos azuis. Por isso recebeu o apelido de Tigrão. Eu, quando nasci, era o tigrinho. Fui crescendo e também me tornei tigrão." Suas principais propostas são saúde, educação e emprego. Tigrão conta que fundou o Partido dos Aposentados da Nação no Paraná (PAN).


Osama Bin Ladem é o candidato maringaense que concorre a uma vaga também de deputado estadual pelo PMDB. Seu nome verdadeiro é Adão Alves do Amaral. Ontem ele estava fazendo uma carreata e por isso não pode conceder entrevista à reportagem da Folha. Segundo alguns amigos seus, o apelido foi adotado por causa da aparência. A barba longa seria a responsável pela semelhança entre o candidato e o terrorista.


*Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina

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