O Ministério Público do Trabalho recebeu, com um dia de atraso, a lista dos celetistas demitidos pela Assembléia Legislativa a partir do dia 2 de janeiro. Segundo o procurador Luis Antônio Vieira, são cerca de mil nomes, conforme a Folha já havia antecipado. A mesa executiva da Casa divulgava que eram cerca de 300 celetistas em situação irregular. Entretanto, a relação final engloba mais de 900 pessoas. Os nomes serão mantidos em sigilo.
O procurador disse que todas as informações requisitadas pelo MP estão na relação: nomes, lotação, cargos e salários. Os documentos foram protocolados pela manhã. O procurador havia afirmado que se o MP não recebesse os documentos, iria pedi-los em juízo, o que acabou não sendo necessário.
"Por enquanto, o assunto está resolvido", disse o procurador. A mesa executiva da Assembléia havia se comprometido a fornecer as informações em reunião com representantes do MP.
Segundo Vieira, o Ministério Público do Trabalho vai continuar fiscalizando a Casa. "Temos que garantir que nenhum celetista seja contratado ou esteja trabalhando", afirmou. O procurador disse que os celetistas até podem ser recontratados, desde que não através da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Uma alternativa viável seria a realização de um concurso público. Há setores na Assembléia, entretanto, que resistem à idéia e defendem um preenchimento de cargos através de nomeações políticas, através de nomeações via cargos em comissões.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira