O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), negou nesta segunda-feira (11) que seu governo esteja promovendo uma censura ao livro O Avesso da Pele, recolhido das escolas do estado na semana passada.
Leia mais:
Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025
Confira a lista dos 37 indiciados pela PF no inquérito do golpe de Estado
Moraes mantém delação de Mauro Cid após ouvi-lo por omissões sobre tentativa de golpe
Indiciado pela PF, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
"Não houve censura. Por sinal, o autor [Jeferson Tenório] é muito reconhecido, né? A discussão é só sobre uma ou outra página que tem um conteúdo um pouco mais erótico", disse ele, ao ser questionado pela reportagem durante evento no Palácio Iguaçu de liberação de recursos ao ensino superior.
Segundo o governador, esse conteúdo será analisado à luz do Estatuto da Criança e do Adolescente. "O Conselho [de Educação] do Estado vai analisar se é apropriado para crianças de 12, 13, 14 anos. Não existe censura. Pelo contrário, queremos que todos os livros possam ser utilizados, desde que esteja adequado à idade",
Ratinho disse ainda que o Paraná não precisa "avalizar tudo que o MEC recomenda". "Nós respeitamos o que o MEC faz, mas temos pedagogos que fazem essa análise também", afirmou ele.
Perguntado sobre as críticas à decisão, classificada de retrógrada pela historiadora Lilia Schwarcz, fundadora da Companhia das Letras, o governador disse apenas que "é a opinião deles". "Nós respeitamos, mas também temos a nossa", disse Ratinho.