Acusado de manter relações próximas com o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, da PF, o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) deve retornar à Câmara após a Semana Santa. Segundo a assessoria de imprensa do petista, Vargas indicou que não pretende cumprir os 60 dias de licença e retomará o mandato em meio a um processo disciplinar no Conselho de Ética e uma representação na Corregedoria da Câmara.
Embora tenha anunciado a renúncia do cargo de primeiro vice-presidente da Casa, o deputado ainda não formalizou sua decisão junto à Secretaria-Geral da Mesa Diretora. Sem esse procedimento, o processo de escolha do novo primeiro vice-presidente fica comprometido. Na quinta, o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) anunciou que pretende fazer a eleição na última semana do mês. A assessoria de Vargas informou que, como ele não se encontra em Brasília, a formalização da renúncia acontecerá após o feriado.
Pelo critério da proporcionalidade, o PT indicará o sucessor de Vargas. Entre os cotados para assumir o cargo estão o ex-líder da bancada José Guimarães (CE), o deputado Paulo Teixeira (SP) e o ex-presidente da Câmara, Marco Maia (RS).
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Na quinta-feira, enquanto o PT anunciava que levaria o caso para o Conselho de Ética do partido, Vargas usou as redes sociais para desabafar. Em seu perfil oficial no Twitter, o petista disse que vai provar, "de cabeça erguida", que não cometeu irregularidades.