O candidato à Presidência pelo Podemos, Alvaro Dias, afirmou na noite desta sexta-feira, 24, em entrevista à Record TV, que apoia as modernização das leis trabalhistas, mas disse ser contrário à forma como ela foi feita no Congresso. Ele votou contra a reforma Trabalhista no Senado. Para Dias, há pontos que precisariam ser corrigidos, entre eles a previsão de trabalho de gestantes em locais insalubres.
"Sou contra os erros da reforma Trabalhista, mas não contra a reforma em si. Nós temos de corrigir alguns defeitos dela, como as condições de trabalho para a mãe gestante, deixar mais claras as regras de terceirização e trabalho intermitente. Mas a modernização era necessária", afirmou.
Ainda na economia, o candidato defendeu a simplificação tributária. Ele afirmou ainda que, se eleito, vai trabalhar para que a economia cresça 5% ao ano e gere 10 milhões de emprego nos próximos anos. O senador reafirmou ainda a necessidade de ampliar a taxa de investimento na economia para 22% do Produto Interno Bruto (PIB).
Sobre a segurança pública, Alvaro Dias sugeriu a criação de uma frente latino-americana vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA) para o combate ao tráfico de drogas.
Moro
O candidato rebateu as críticas de adversários e afirmou que "não se arrepende" do convite público que fez ao juiz federal Sérgio Moro para ele assumir o Ministério da Justiça em um eventual governo dele.
"Em hipótese nenhuma me arrependo. Este convite não se trata de oportunismo. Eu sempre apoiei a operação Lava Jato, assim como o trabalho do Moro e do Ministério Público Federal, apresentando projetos que são conciliadores com o que eles pregam", afirmou.
Questionado sobre a amizade com Joel Malucelli, suplente dele no Senado e dono de grupo que foi alvo da Lava Jato, Dias disse que ele é um "empresário de respeito, de muita respeitabilidade". O senador paranaense defendeu ainda que as investigações sobre o caso prossigam.