O deputado estadual Requião Filho (PT), líder da Oposição na AL (Assembleia Legislativa do Paraná), afirmou que o MP (Ministério Público) e o TJ (Tribunal de Justiça) precisam explicar o sigilo do acordo feito pelo presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSD). Reportagens da RPC e do G1 - que foram censuradas - mostraram que o parlamentar confessou ter recebido propina do empresário Vicente Malucelli.
“Até agora, não há uma justificativa para o acordo feito pelo Ministério Público e muito menos para a homologação pelo TJ. E não há nada que explique ou justifique isso tudo estar sob sigilo. Se está escondido, é porque está errado. E quem errou nesse caso é o MP e o TJ”, afirmou Requião Filho à FOLHA.
A OAB-PR (Ordem dos Advogados do Paraná) encaminhou na semana passada um ofício pedindo para Traiano se afastar da presidência com "urgência e veemência". Na segunda (11), o Conselho de Ética recebeu um pedido assinado pelo deputado Renato Freitas (PT) para cassação do presidente da Casa.
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Requião Filho avalia que, legalmente, há poucas chances de o pedido prosperar na Assembleia, já que os fatos estariam relacionados a um mandato anterior. “Para a gente ter alguma coisa factual, que possa afastar ou cassar o presidente da Assembleia, precisamos ter acesso a todo o processo e entender como foi feito esse acordo e porque ele está em sigilo”, disse o petista, que aponta que “o caso moralmente é uma vergonha”.
DEFESA
Procurada pela FOLHA, a assessoria do deputado Ademar Traiano encaminhou uma nota afirmando que “não há nenhuma investigação em andamento sobre os documentos divulgados, que estão em segredo de Justiça".
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